terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pelo lado de dentro.



Enquanto você estiver por aqui, quero manter a pele sedosa, cabelo bem arrumado, café quente. Ainda calçando o salto alto, manter meu equilíbrio, guiando meus atos e deixando minhas loucuras ao deus dará.

Quero o Chico a tarde inteira adocicando meu juízo, quero preservar minha sanidade mental. Quero a tradução da sua ausência, explicação de qualquer coisa, quero o mínimo do mundo e o máximo de mim, quero estar bonita para quando o mundo acabar, quando você prometer não mais voltar, eu quero estar com as unhas bem feitas, maquiagem impecável, lágrimas no estômago – e nunca mais chorar.
Enquanto você estiver por aqui, quero falar sobre temas polêmicos, sei lá. Aborto, Obama, Crepúsculo no cinema, virgindade, gravidez na adolescência, mulheres no poder, ou melhor que isso, quero um silêncio profundo, interminável. Quero meus olhos atravessando os seus e meus lábios tocando os seus tão lentamente como se fosse tudo feito de vidro, um vidro bem frágil, prestes a se quebrar. Tin!
Quero me sentir estrela, me sentir a lua, ser desejada como a rosa deseja o olhar da mocinha apaixonada e magoada por sentir o que não pode evitar, quero me sentir paixão, me sentir amada. Doer e gostar de doer, depois acariciar com a língua o coração que não é meu, mas que por pirraça eu desfragmentei.
Quero proteger o que me resta de sarcasmo, para me divertir com você mais tarde. Guardar para sempre as lembranças eternas e fajutas, mas que no fundo não são nada demais.
Quero correr mundo a fora e te levar comigo, e se ficar por aqui, quero novos lustres, novos espelhos e novas cortinas, para fingir que está tudo renovado.
Eu quero ter você e se achar que isso é pedir demais, por favor evite milhões de noites em claro e me diga antes que pedaços de mim desabem no chão, ou não.
Por muito tempo pensei que o mundo girava em sua volta, e se fosse assim já estaria de bom tamanho, mas não, não mais.
Até um jardim me apetece mais.
Um parto na tevê, um vulcão em erupção, eclipse, cheiro de cemitério, visão de raio X, qualquer coisa, tudo quanto é coisa passa a ser mais interessante que você – ou não.
Que vai chegar, me roubar de mim e ir embora, como fez outras vezes.
Mas desta vez, quando você for, eu vou estar sorrindo e você nunca mais vai ver a cara entristecida, abatida que você largou por aqui em outros carnavais. Vou ter sorriso grande no rosto, relógio marcando a hora certa, gente me esperando e uma estrela especial no céu, brilhando só para mim. Sem poupar raios.
Quero manter minha paz de espírito, minha respiração equilibrada, papel e caneta a meu alcance, celular com créditos e três tequilas no balcão. Tudo o que puder me distrair para não te ver se afastando cada vez mais.
Cada vez mais, mas por mim tudo bem.
Quero uma blusa sem estampa, shorts não muito curtos, bolsa sem pintura e um mundo só meu, onde só eu possa me julgar, onde só eu possa me encontrar e onde só eu possa me amar. Quero um mundo só meu, ouviu isso?
Quero que essa dor seja aliviada, essa que mais me parecem facas fatiando meu órgão muscular oco. Quero curativos nas feridas da alma, remédios para passar a dor no estômago e muitos abraços outra vez.
Nada de me igualar aos porcos e nem baixar o nível a ponto de alcançar a sociedade podre, imunda que algum imbecil comandou errado. Nada de pisar nas pessoas, engordar ou perder o juízo – se bem que eu já falei sobre a sanidade mental.
Quero ser minha rainha, princesa, majestade, manda chuva, ser o que eu quiser sem ninguém impedir. Manter meu reinado de mim mesma por mais uns duzentos anos.
Quero me apaixonar perdidamente por alguém mais bonito, inteligente, engraçado e interessante que você – aí já é pedir demais.
Quero me apaixonar por alguém diferente de você – aí sim está a meu alcance.
Quero Sakê de uva e/ou morango e um mundo adiante me esperando para ser descoberto ou muito mais que isso, habitado.
Quero ser luz, tiro de escopeta, Ré maior do Paulinho da Viola, o timbre da Maria Rita e a emoção da platéia, quero ser o aplauso do Carlos Eduardo, a frescura do Gustavo, o drama do Fyllipe, o sono da noite, quero ser o frio da madrugada, o fígado do bêbado na rua por uma hora qualquer, só para saber que algo pode doer mais do que eu, algo pode estar mais destruído do que meu coração. Apodrecido, com cheiro de adubo, vermes, larvas, restos mortais, fim.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Seria trágico se não fosse cômico.

Talvez não mais.


Eu confio em você, no seu sorriso sincero, no seu gosto musical. Eu não confio é em mim, que me perco por aqui quando você está. Talvez eu te ligue mais tarde, talvez fale contigo, talvez eu leia um livro, talvez eu corte o jornal, talvez eu compre outras meias, talvez eu corte o cabelo, talvez não.E agora eu já sei quem é você, exatamente quem eu sempre achei que era, só com um pouco mais de graça, de doce, de harmonia. E eu nem sei mais o que fazer quando não estou contigo, nem sei mais para onde ir quando sei que você não está em canto nenhum, ou talvez esteja em todos eles e eu teime em achar isso normal. Algumas coisas na vida são demasiadamente complicadas, até quando chegam a ponto de serem preocupantes, e já cheguei nesse ponto. É como ter um tesouro nas mãos, o mais belo dos belos, embrulhá-lo em uma caixinha e destinar a quem você muito ama, é mais ou menos assim, sendo que com uma intensidade extrema. Mas por outro lado, não me dói. É tão linda a felicidade de quem se ama, tão lindo o brilho nos olhos de quem lhe abraça a alma, mesmo quando para isso você tenha que ter aberto mão de algo ou alguém, deve ser por isso que te ver em todos os lugares é normal. É porque a gente acostuma a não ter o que deseja, o que necessita e acaba por projetar no subconsciente.
E desculpa por tirar o seu ar. Talvez eu não vá, talvez eu queira ir e me prenda por aqui, talvez eu não queira mais ir, mas também não queira ficar, então me deixa decidir onde vou me esconder.
Eu, na verdade, só gostaria que você estivesse aqui.
Talvez você faça a barba, me suporte um pouco mais, talvez ele goste do presente que guardei, talvez você espere o presente que ainda não comprei, talvez eu pinte as unhas, retoque a raiz do meu cabelo, talvez eu vá e me encontre no lugar que eu mais tenho medo, talvez não.
É dolorido dar tudo o que se tem e saber que fazem pouco disso, é ruim saber que o máximo de você não é nem o mínimo de tantos outros, mas é o máximo que você pode oferecer e isso já deveria estar valendo, e vale. E eu sei que ele não, ele te ama como lição, te ama em troca sem ilusão, te ama como você é e é assim que eu quero ver.
Talvez eu espere a próxima primavera, talvez eu espere o tempo parar um instante, talvez eu me encontre em outro lugar um pouco mais distante, talvez não. Talvez eu me encontre atrás do sofá, ouvindo música e esperando o mundo acabar, talvez sim, isso sim.
Eu confio em você, no seu cheiro que mais me encanta, eu confio em você, eu só tenho medo mesmo é de confiar em mim, só em mim.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O gosto e o poder falar o que muito quis:


Eu amo você, você sabe. Acontece que foi um ano, ou quase isso de distância. E não foi uma distância de eu estar em um continente e você no outro, foi distância de estarmos no mesmo corredor, no mesmo elevador e parecendo estarmos em continentes distintos. Isso não é algo que dê orgulho, tem noção de quantos risos nós deixamos de ganhar juntos? Quantos abraços e instantes de conforto? Eu precisei de você, cara. Precisei de você quando quis ligar para alguém para dizer “Vai me ver dançar?”, precisei de você quando quis falar bobagem, quando quis fazer bobagem. Eu tive e ainda tenho amigos, conto nos dedos das mãos e você é um dedo meu. Mas por favor, não me cobre o que ainda não lhe tenho por completo. Eu te amo, mas agora é diferente pois eu tenho medo de perder você para sempre, e o que fazer? Você teve toda a minha confiança, eu acreditava em você com os olhos fechados e você deixou escapar, você me deixou lá sozinha e eu não queria abrir os olhos e ver que você não estava mais lá. Nós vivemos em uma vida onde milhares de pessoas estão indo e vindo, mas quando você permite que umas dessas tantas fiquem, é porque você acha que elas merecem um pedaço grande de você, do seu coração. O amor não é medido pelo tempo que conhece o outro alguém, ou pelas vezes que se viram. O amor não é medido pelas ligações telefônicas feitas, cartas enviadas (e que nunca chegam) ou pelos elogios mesquinhos e comentários maldosos. O amor nem é medido, se lhe custa saber. Veja aqui este rapaz *Alisa com ternura o rosto do menino branco que leu mais de três livros*, você acha que eu seria feliz se por acaso ele saísse da minha vida? Nos conhecemos há poucos meses, e você acha que ele não levaria um pedaço grande de mim se entrasse na nave dele e sumisse? Levaria, e um pedaço farto, por sinal. E este outro aqui * Alisa com carinho o rosto do próximo arquiteto destacado que no passado teve uma banda cover do Marilyn Manson *, você acha que se ele estiver aos prantos eu vou permanecer por inteira? Não vou me desmanchar em pedaços bem pequenos? Acha que não terão fragmentos de mim por todas as ruas e cidades que eu passar? A gente escolhe? Se eu pudesse, eu escolheria os mesmos. Só quero dizer que o carinho que lhe tenho não pode ser pesado, tampouco contado nos dedos, mas que há coisas na vida que não pode simplesmente apagar com a borracha, precisa esperar sumir com o tempo. Eu queria falar com você, esbarrar sem querer só para pedir desculpas, queria mesmo era te abraçar e não largar pelos próximos 30 anos, mas no meio do caminho eu parava. Eu sabia exatamente o que tinha que dizer, como dizer, mas para que? Quando jogamos algo fora é porque não nos serve mais, então porque eu insistiria? Reciclagem? Campanha Viva ao Meio Ambiente em ação? Por favor, não tenho ovo para isso. Passei um tempo grande querendo saber onde eu tinha errado e o que poderia ser feito para restaurar esse erro, e no final das contas eu entendi que era só uma lição e sobreviver a ela era a resolução, mais nada. Sobreviver a ela me traria todos os requisitos para derrubar os demais obstáculos, e eu derrubei muitos, tropecei em poucos, mas eu nunca fiquei parada na frente de um deles querendo saber o que fazer, sem fazer nada. Eu amo você, entenda. Eu era sincera quando dizia isso e é por isso que não é um amor morto, pois é verdadeiro. Tão verdadeiro quanto a dor que senti ao te ver partir, sem olhar para trás. Eu te amo, zumbi. E é por isso que não quero que você vá embora (novamente), é por isso que eu não quero ficar longe, e é principalmente por isso que vou ignorar minhas vontades e te deixar escolher. Você perdeu muito, é fato. Todo esse tempo sem abraçar o Marilyn Manson Mirim e sem dizer que o ama é abrir mão de uma noite bem dormida. Então recupere todas as noites. Eu só não quero, na verdade, que você repita todo esse capítulo escuro da minha biografia. Espero que desta vez você zele pelo que você tem, e não é pouca coisa, é infinito. E já que vai embora, me deixa um pedaço de você, e já que vai embora leva um pedacinho meu e já que vai embora... Volta e pensa em nem ir mais. Eu te amo, Fy. :* Pela milésima vez.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

São...


Netop :') diz:
O que significa sua foto?
Jucy diz:
Um par de pés.
Jucy diz:
Outro par de pés.
Jucy diz:
Um par de pares de pés.
Jucy diz:
Dois pares de pés
Jucy diz:
Pés.



hsuaihsauihsauihsauishauishai Desculpa, só me achei idiota =)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Agora eu vou sair. Desculpa, não tenho mais estômago para isso.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

E nunca vai chegar a ser tarde demais.


E depois de ter chorado tudo o que tinha para chorar, recolheu-se e foi dormir.

Com a mesma dor que sentia antes da xícara de chá, a alma ainda tensa, nem um pouco aliviada. Mas tentou encontrar abrigo no travesseiro macio. Não que tenha funcionado, sentiu mais ainda uma dúvida lastimosa lhe embrulhar o estômago.

Pensava em todas as oportunidades que infelizmente não agarrou com ardor, deixou o instinto animal de lado e a ferocidade reduziu a zero, então segurou tão levemente o que a vida lhe deu não de bandeja, mas de presente, que acabou por escapar. Como os sentimentos mais bonitos que segurou com mais firmeza, mas ainda com desdém e acabou por deslizar, por entre os dedos. Caiu, quebrou, acabou.

Então depois de ter visto com os próprios olhos e com o coração e ter acreditado que a vida não é tão fácil como alguns dizem ser (só dizem, também não acreditam nesta teoria criada por sabe-se lá quem), depois de ter visto que para ser o que realmente quer ser, precisa de batalha, muita batalha. De repente deu uma rebordosa fodida nas idéias da menina, fodida mesmo, e a doida correu no bar, embebedou-se. Achava mesmo que tudo estava perdido, e lá pela 8ª dose de Tequila (que até disseram que era a melhor do México, mas era fake, era cachaça pura), correu no banheiro. Como já se sabe, vomitou não só essa tal de tequila barata, mas como também o nó que não desatava na garganta, as revoltas e principalmente o medo. O peso do lado de dentro não foi possível, mas valeu por tentar. Também tentou pôr para fora o coração para tentar aliviar a tal da nostalgia, mas enganchou-se na goela, voltou para o seu devido lugar.

Já entendeu que a vida muitas vezes é injusta mesmo, que uma hora ou outra ela vai te colocar para trás por ter alguma Barbie ou algum Ken sorrindo e exibindo o Rolex e é isso o que muitos ainda valorizam, mas ela não. Ela não quer nem saber, não mais. Vomitou a baixo estima também.

Já entende que os obstáculos precisam ser superados e ela não tem mais medo disso também, ela ainda quer dar orgulho para alguém e dessa vez é para ela mesma e conseqüentemente para quem mais quiser ter.

Também pudera, chorou por dois dias e algumas horas seguidas, depois vomitou por uma noite e uma manhã inteiras, já era quase a hora do almoço quando começou a desidratar.

Aprendeu, eu sei que aprendeu. E tomou uma dúzia de copos com água para repor também as lágrimas que chorou.

Não quer ter uma vida decadente, não quer não. Não quer que noites de álcool, vômito e angústia invadam seus meses, semanas e dias, every single day... Não dá, não quer, não vai.

Ela já sabe por onde começar, sabe em quem pensar quando vê que precisa conseguir e ela vai, porque ela acredita.

Nem tudo é tão pequeno, o mundo umas vezes também não é tão grande, até cabe na palma da mão se tiver força no punho.

A questão é que é preciso arriscar, é preciso mergulhar com vontade, é preciso se jogar e não ter medo do impacto da queda, porque é só isso o que dói. Se reerguer é interessante, é o seu esforço valendo a pena.

Não quer mais as coisas pela metade, quer cada projeto por completo e se for necessário fazer algo que não queira, que não goste, vai fazer até aprender a gostar e ainda vai fazer bem feito, porque não se pode medir esforços.

Esqueceu essa história de romance, já entende que isso não dá ibope profissional e é disso que toda garota precisa, e só é possível com esforço limpo.

Só nunca esqueceu os amigos, e nunca vai esquecer. Nem os que estão longe, nem os que estão perto e mesmo assim longe e vice-versa, e ela nunca vai esquecer aqueles que ficaram ao seu lado sem se queixar. Que tentaram nela, apostaram nela, acreditaram nela e ela garantiu não decepcionar, e não vai. Ela faz o que pode, sempre foi assim, mas dessa vez tem mais vontade na história, tem mais valor.

Portanto, se por acaso alguém estiver muito afim mesmo de ser atropelado por uma louca que escreve nas horas vagas, tem um Cadilac tatuado, quase nunca chora [mas da última vez não quer nem lembrar (e agora você já sabe porque)], não é uma Barbie e nem está a procura de um Ken, tenta impedi-la de passar, pára na frente dela e tenta atrasar seus planos. De verdade, a menininha cresceu.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Me deixa te deixar, me deixa.


Me deixa ser tua menina, teu sonho de toda madrugada sã, teu remédio, teu desejo, teu presente.
Me deixa ser, menino, a tua menina.
Me deixa te abraçar forte e não largar por muito tempo, me deixa te confiar segredos, te segurar nos dedos, te jurar amor, me deixa ouvir você cantar, me deixa.
Não me deixa ir embora, me segura pela cintura se em um dia qualquer eu perder as estribeiras e quiser ir para onde não é o meu lugar, não me deixa fraquejar, nem ter a noção do perigo, não me deixa te deixar, não me deixa.
Mas me deixa te ter, para sempre, até amanhã, até quando Deus quiser.
Me deixa ser sua amiga, sua amante, sua mulher
Me deixa ser sua menina, meu menino, a sua menina.
Me deixa medir meu amor sem medida, me deixa te dar meu amor sem medida, me deixa me perder num amor sem medida, mas vem comigo, meu menino, vem comigo.
Vem comigo e me chama de menina, de sua menina.
Não me deixa esperar a chuva passar, nem o próximo carnaval.
Não me deixa esperar o tempo passar, nem ter medo do final.
Não me deixa desistir no seu primeiro olhar sem dó, não me deixa resumir a pó, poeira, estrada sem volta, não me deixa, meu amor, não me deixa.
Me deixa te guiar com o olhar, me perder nas suas meias verdades, me deixa acreditar que a vida é mais bonita do que parece ser, com você, me deixa.
Me deixa ser quem eu quero ser, um grão de areia, uma pétala de bonina, o cheiro da Jasmim, o caminho para o paraíso, me deixa ser a sua menina, o seu riso. Me deixa ser o sol que aquece você, que ilumina o amanhecer, deixa ser, me deixa ser. Me deixa ser a sua menina, me deixa ser a sua menina. Me deixa.
Deixa-me.


Dois minutos e serão exatamente 24 horas sem você... Um teste para ver se suporto todo o resto da vida.

domingo, 30 de novembro de 2008

Fica o meu apelo.


Artisticamente falando, eu passaria essa foto para uma tela e faria uma moldura, bem grandona e deixaria na minha sala de estar. Não é incrível como a dor alheia é interessante? Não é bonita a tragédia? A catátrofe? É. Agora imagina se fosse você que estivesse ali vendo morrer afogado o cavalo que leva a carroça para trazer o almoço, imagina se fosse você ali assistindo de cima do telhado a água engolir a cidade numa onda só. Imagina se fosse o seu filho se afogando na lama, como um porco. Sua mãe tentando se salvar pendurada no tronco de uma árvore. Imagina se fosse sua filha, aquela que falou "mamãe" ou "papai" pela primeira vez ficando em silêncio para sempre.
Imaginou?
Então, até agora 114 (cento e catorze) pessoas morreram em Santa Catarina graças a essa enchente. E não foi de mentirinha não, não leram uma crônica e imaginaram não, foi de verdade. É DE VERDADE.
Como ainda são de verdade as 27.410 (VINTE E SETE MIL QUATROCENTOS E DEZ) pessoas desabrigadas. As 19 (DEZENOVE) pessoas desaparecidas CONFIRMADAS!
As pessoas estão sem casa, sem comida, sem roupa, tomando banho de chuva e pegando doenças, sem remédio, sem água potável, sem produtos de higiene, sem caralho nenhum! E isso não é um pesadelo, não vão acordar amanhã de manhã numa cama macia e pensando "caralho, que susto". Se continuar assim, eles nem vão acordar.
Não é por mim não, é por ELES! FAÇAM ALGUMA COISA, SEUS VERMES!!!!
Façam alguma coisa...

PARA QUEM MORA EM MACEIÓ:
Doações na Praça LIONS, na terça-feira pela Manhã.
Podem deixar aqui em casa, me liguem se for necessário. (082) 9916-2975
Ou na casa da Mariana Heck, liguem se for necessário. (082) 9994-6895

E QUE NENHUM FILHO DE UMA PUTA PASSE TROTE.


Podem doar também pelas contas correntes da Defesa Civil de Santa Catarina:
Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, conta 80.000-8
Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7
Bradesco S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
Itaú S/A - 341, Agência 0289, Conta Corrência 69971-2
http://www.desastre.sc.gov.br
http://webimprensa.sc.gov.br

E no filme...


"A casa do lago", Kate disse ao Alex: "Por favor, não me escreva mais, não tente me encontrar, me ajude a deixar você."


E eu até arriscaria te dizer algo do gênero, se eu soubesse que seria capaz de viver sem você, mas... Na verdade eu sei que sou capaz de suportar essa dor, esse peso, eu só não quero, EU NÃO QUERO.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mon Amour.


Ow, mas que coisa. Você que surgiu do nada e do nada foi mudando tudo de lugar, era disso que eu precisava, era de você que eu precisava, de alguém para me amedrontar.
Sem pudor, sem pressa... Disso muito mais, sem pressa.
Então fique mais um pouco, sente-se, vamos conversar.
E, por favor, toma cuidado com essa certeza, é ela que me aflige.
Meu amor, meu amor, eu só queria te contar que essa noite eu sonhei com você. Você usava uma roupa bem bonita, uma rosa na lapela e um sorriso estampado no rosto. Meu amor, quando foi que você descobriu que podia tocar meu coração? Com a ponta dos dedos, com leveza. Com o olhar de samaritano, com a inocência de um menino...
Às vezes eu gostaria de poder não sentir a sua falta, mas tentei passar uma tarde sem você e choveu, choveu e derrubou muros, postes de iluminação, praças pequenas e o vasto campo em chamas, ela não conseguiu apagar. Choveu aqui dentro e fez transbordar meu coração, por isso choro. Choro por não ter experiência com tempo frio, por ter medo de saber o que fazer.
Choro por achar que tudo vai dar certo depois de chorar e só aí eu perceber que não há mais tempo para perder, tudo vai estar do mesmo jeito, como não deveria estar.
Eu, na verdade, só queria ter alguém que perguntasse todos os dias como foi o meu dia, mas agora eu não quero mais. Quis tanto que passei a ver só o lado negativo, ou o lado (in)conformado de não ter. Não quero que ninguém mais saiba quando eu chorar e sentir meu nariz entupir, nem que ninguém saiba com quem saí e nem para onde fui e nem em qual pedra tropecei. Esse mundo do anonimato me encanta muito, é mais bonito do que eu pensei.
Mas então, amor, como eu não pude te contar, esta noite eu pensei em te ligar e falar todas aquelas coisas que você já sabe e cantar a canção que eu prometi. Mas eu estava me perdendo na minha fragilidade, já não sabia quem era eu e nem quem era você e nem qual era a verdade e resolvi me separar. De mim mesma, de ti até, mas não sabia como, agoniei. De mãos atadas, dormi e desejei não precisar acordar, acordei. Com a mesma dor na alma de antes, a mesma sensação de ir andando e deixando uns pedacinhos dela por aí, maldita sensação.
Ignorei as preocupações, os seus fantasmas e os meus também, joguei tudo embaixo da cama, tudo embaixo da cama, TUDO, e ainda assim me encontraram e me roubaram a noite de Natal.
E enquanto tudo isso me destrói, você ama, e não é a mim.
Pois é, coisa. Cada coisa que acontece na vida da gente, que eu nem vou te contar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Agora todo mundo erra, bonito.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Por que? Você não?


Não é que eu esteja sempre certa, é que eu estou quase sempre certa por só abrir a boca quando tenho certeza, por ficar calada nos instantes de dúvidas, ou simplesmente quando sei que estou errada. EU sei calar, por quê? Você não?
Pois eu sei.
E manterei minha boca fechada quando a razão não for minha, mas quando for, não adianta, defenderei minha palavra.
Para você é difícil aceitar minha razão por eu ser a que faz tudo errado, por eu ser a diferente de você, dele, na sua opinião. Mas eu também posso estar errada, por que não?
Eu admito quando estou errada, por quê? Você não?
E ainda por cima, quando calada, eu abstraio seus olhares, os dele, os dela, os de todos os outros e abstraio também o que cada um fala, e guardo tudo por aqui. Nada de rancor, nada de raiva, mas vai desgastando.
As pessoas mudam, você muda, eu mudo, por que não?
Mas mudar regressivamente não é algo lá muito apreciável, e não adianta falar o que não deve ou o que se deduz só para tentar subir nas minhas costas. Não tenho coluna para isso, é a idade chegando.
Eu sei que às vezes eu te faço rir e te faço bem, mas eu também choro, por quê? Você não?
Eu sei que choro quase nunca, que a maior parte do tempo estou acorrentada numa prisão particular, mas eu sei que você também está e é defeito meu, eu sei. É defeito meu não saber separar a dor da dor, mas você também quase não sabe, então... Por quê?
Por que todo esse enxame? Toda essa ceninha querendo transparecer uma pessoa que você não é?
Você também me faz bem, me faz bem quando é quem sempre foi. Quando é a mesma pessoa que eu conheci meses atrás e me fez depositar confiança, sem pressão. E eu confio, confio. Confio, mas às vezes eu não quero te contar mais nada por saber que você vai me olhar com um olhar de repugnância e eu vou pensar que não deveria ter-lhe contado absolutamente nada, como você vem fazendo ultimamente. Eu te mostrei, não mostrei? Você percebeu, não percebeu? Então eu ainda estou errada, foi mal.
Agora, de repente, você conhece centos milhões quatrocentos mil e dez de pessoas, chama metade delas de ‘amigos’ e acha que o que passou, passou.
Não, para mim não. Um dia o cara muito doido lá falou que o passado é uma roupa que não cabe mais em mim, mas eu desminto o problemático. Cabe sim e cabe muito bem. Um pouco justa por eu ter engordado um pouquinho nos últimos tempos, mas ainda assim cabe.
O valor que cada um merece não se desgasta com o tempo, desgasta com as atitudes, com as palavras lançadas sem medida e sem motivos.
Eu consigo compreender a dor de um, a dor de outro, eu sei respeitar a dor desse, a dor daquele. Por quê? Você não?
Veja bem, pense bem, nada é mais como deveria ser, ou costumava ser e você ainda acha que é erro meu. Não é erro meu não, viu?
Também não há nada mais conveniente que chegar e falar o que se sente e não simplesmente ir embora aos pouquinhos e fazer o outro se sentir completamente culpado. EU acho.
Vê se eu perdi alguém por mudar quem sou, perdi por descobrir quem são enquanto me impediam de mudar para melhor. Me libertei, cresci, crescemos.
Não é que eu sempre esteja errada, isso até está virando moda. Afinal, é a única maneira que você tem de chamar a atenção, fazendo todos me olhares como a errada da multidão.
Mas eu não sou, e estou certa até nisso, percebeu?
Quando eu estava errada eu sentei e calei, e nem isso você soube fazer.
As ironias, as piadinhas, as implicâncias com intuitos escondidos realmente não me interessam mais. Cansei de bancar a pré-adolescente que fica sem falar com a melhor amiga por dois dias por motivos banais. Comigo é na lata, já falei o que tinha para falar, não falei? Bem, só resta você fazer o mesmo.
Também já me acostumei com os pedidos recusados, com os deboches, mas não quer dizer que vou ter que aceitar isso por muito tempo.
- Vamos conosco?
- Vou não, tenho muito o que fazer.
Muda-se o personagem e:
- Vamos conosco?
- Um instante, chego já por lá.
Se isso me afeta? Não mais. Não é a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira e nem a última. Bonito, não é?
Bonito descobrir certas coisas mesmo quando está de olhos fechados.
Tenho mais o que lhe agradecer, pelos bons momentos que me proporcionou, mas isso já faz tanto tempo, acho que já agradeci e nem lembro. Melhor assim.
Você lembra da sua melhor amiga? Lembra de tudo o que ela disse e você me disse que não tem culpa de amá-la mesmo tendo que ouvir tudo isso?
Você acha isso certo? Eu não acho, por que não?
Eu sei que não dá para decidir quem se ama nesta vida, mas às vezes é bom tentar controlar e não deixar o amor não correspondido tomar conta do seu lar. É bonito amar mesmo quando não é amado simultaneamente, mas não é muito interessante alimentar as feridas que esse amor traz. É difícil, eu também sei e já deixei claro que quando precisar de um ombro para apoiar, você tem os meus dois. Não dá para decidir quem se ama, não dá. Caso pudesse, teria ido para Recife naquele dia que a minha mãe me pediu por favor. Eu não fui, achei que deixaria minha vida incompleta se você não estivesse comigo, e ele também, e ele, e ele e aquela outra lá.
Eu sei amar as pessoas, e esqueci de me amar também, mas ainda sei amar as pessoas, eu aprendi com o tempo. Com o tempo que eu fiquei calada. Mas vou igualar tudo e fazer por onde para subir na vida.
Mas, vem cá. Tenho uma pequena dúvida: Se eu estou sempre errada, quer dizer que você está sempre certa?
Quer dizer que se mudar a ordem dos adjetivos de uma frase, muda-se o sujeito? Mas nesse caso vai ser diferente, já sei.
Se eu estou sempre errada, você não está sempre certa, então você está errada. Então se você está errada, a razão é minha, assim sendo, eu estou certa. Medo, medo da sua redundância.
Eu sei o que falo, tenho certeza do que digo, mas eu posso me enganar, por que não?
Eu já falei isso, eu sei, mas você não respondeu, baby.
De verdade, estamos desgastando o que não deveria. Por descuido seu, por descuido meu. Por silêncio meu e a fala em abundância vinda de você, ou seu silêncio prematuro e eu falar antes da hora também.
Eu sei pedir desculpas, por quê? Você não?
Eu pedi quando estive errada, não pedi? Pedi sim.
Mas quem disse que você se importou?
Foi só se afastando, como fez com o outro rapaz e depois foi dizer coisas bonitas como se tivesse motivos ou se não tivesse contado que não confiava nele apesar de mal conhecê-lo.
Aí agora você diz “É porque só você o conhece.” E eu digo “Não, é porque eu o conheço.”
Vai, copia e cola isso para quem quiser, depois eu também vou achar graça de todos rindo da minha certeza e desmentindo isso tudo. Deixa-me começar: Há.há.há.
De verdade, sem ironias de ambas as partes: Eu te amo, por que? Você não? Eu te amo e perder você seria como perder um dedo da mão direita, mas eu não posso sustentar isso sozinha. Amar sozinha já não me impressiona mais, e eu estou muito afim de me impressionar. Juro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008


"- E ela?
- Ela tentou suicídio...
- Então passe-a para o Symon, hoje só está me interessando quem quer viver."

Pode ser tarde, mas não tarde demais.


Tentou, tentou que eu vi e não há como negar. Mas cansou, cansou de ser esnobado, desprezado, cansou de ter sido deixado para segundo plano.
Porra, ela não tem noção das coisas, da vida.
Levantou-se e foi embora, mesmo que tenha sentado na cadeira da fileira de trás, para ele, ela foi embora. E se não voltasse, ninguém iria lá buscar.
Há uma covardia por trás disso tudo, quando só, o chama.
Há um otário na borda da história, quando o chama, ele vai.
Ou ele ia, como quiser.
Eu só sei que o mundo quando gira, ele não tem ponto definido para parar, o mundo gira sem direção, sem volta, sem pressa, com pressa, sem tempo, há tempo.
Honestamente, até queria te confortar, minha menininha. Queria mesmo.
Mas ele já está sendo engolido pelo horizonte.
É sempre assim, quando a gente vê indo embora, a gente grita, mas não é sempre que ouvem e nem sempre que voltam. Cuidado.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

ha.HA.ha


Hahahaha hahahah ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha h ahahahh ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah h ahahahah haahahahah ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahh ahahh ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahh ahahahah haahahahahahh ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha ahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha ahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah ah ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaah ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha hah ahahaha ahhaahah ahahaha ah ahahahah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha hah a haahhaahah ahahaha hah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha ahahaha ah haahahahahah ahahahaha ahahahhaha ahahahahahah ahahahahah a haahhaahah ahahaha
Vamos rir para não chorar.
Você diz que acredita no que vê, mas você só vê o que você quer.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Parabéns, Thiago.

Meu Urso. Meu filho.
Meu amigo, de tanto tempo, de tantos anos, de tantos risos, tantos abraços, tantas conversas fiadas e tantas conversas cuidadosas.
Mesmo que você se ausente por um ano e três meses, eu nunca vou te deixar, nunca.
Porque você é meu amigo, é pedaço de mim e eu te amo.
Leu bem? Eu te amo.
E eu estarei aqui por ti, para sempre.



P.S.: Hoje é dia 14 de novembro. -.-

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amantes.


Ele a via, ela o via, e quase nada acontecia. Não a olho nu, até então.
A presença de um dulcificava o olhar do outro, e a ausência causava ardor.
Deixava um vazio, que vazio.
Supria a necessidade de paz, mas que paz?
E depois de um determinado tempo, um invadiu o âmago do outro
A parte mais íntima de um era parte mais íntima do outro
E dividiam até o último fiapo de dor, de amor.
Eles foram cedendo aos poucos. Primeiro trocavam olhares, depois palavras e depois gentilezas.
E depois trocaram corações, caso contrário não conseguiriam mais viver em paz
E então fizeram-se amantes. E era impossível separá-los, já eram um só.
Amavam, dançavam, sorriam e vez ou outra discordavam um do outro
E ainda assim eram amantes, em uma era tão desgastada
Em uma rua mal movimentada e numa casa vazia cheia de nada
Que em pouco tempo de lá transbordou amor
E invadiu a rua da frente e a rua de trás e foi invadindo pouco a pouco as notícias nos jornais...
Ele a amava como Romeu amava Julieta, e ela o amava como Isolda amava Tristão
E como nos contos, reza a lenda que também foram amantes eternos e nem a morte os separou.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Coroa solitária.

Ah, por favor. Que invenção esta minha, ainda não aprendi que chegarei aos trinta acompanhada de um pilha de livros e umas páginas em branco na qual eu fiquei sem escrever por não ter mais o que dizer. Cheia de livros de romance, de prosa, poesia e umas historinhas de humor para eu poder associar amor a humor e achar que não há nada errado comigo.
Não, está tudo bem se esse quiser ir embora também, eu não me impressiono mais. Aliás, não me impressiono há algum bom tempo.
Só gostaria que fosse ele, mas aí já é querer demais, meus amores, é querer demais.
Passei uma hora do meu dia imaginando como seria se de repente desse certo, já pensou? Se esta porra toda começasse a dançar lentamente no ritmo da minha música, passinho por passinho na melodia, um, dois, três. Txa.
(Aí eu aproveitei que estava sonhando e pedi um Poney.)
Sério, pelo visto só vai me render umas saudades, uns textos e umas horas de perseguição.
Não que ele faça o tipo de quem nem sabe se vai ficar e já quer saber onde vai dormir, mas eu gostaria que fosse, e faria-lhe a cama com prazer.
Queria não ser tão megera, ou tão compreensível, mas se já decidiu não ficar, por favor, não me amole. Não nos sufoquemos e nem me faça me apaixonar por você.
Você não é uma perda de tempo, fique mais um pouco, tome um chá, cante comigo “As rosas não falam” e se preferir ficar para sempre, eu vou adorar.

domingo, 9 de novembro de 2008

Brincando de ser feliz.

Eu bem que posso acordar despreocupada e decidir que enquanto você não me ama, vou tentar amar um outro alguém, assim só por diversão também.
Não que eu seja tão insensível, mas seu drama não me afeta. Por muito tempo eu esperei você chegar e me dizer tudo o que queria, mas você sempre preferiu se esconder, sempre.
Acontece que dessa vez quem cansou fui eu, não que eu vá me esconder, mas eu vou decupar minha vida, meu futuro, minhas idéias e passar a viver por mim, só por mim. Sem ter que esperar alguém que eu tenho certeza que nunca vai chegar, já perdi muitas noites de sono assim, não perderei mais.
Às vezes nós nos focamos tanto em certas pessoas, certos olhares, que acabamos não vendo o mundo girando ao nosso redor e nos dando oportunidades melhores, nos dando soluções. É tudo erro, tudo um grande erro.
Esperar, fingir, dizer, entender, tentar novamente, insistir, abraçar, pedir para não ir, chamar, chegar, amar você. Não é possível.

Não que eu regresse no primeiro obstáculo, mas você poderia ter sido mais claro, mais límpido, talvez não precisasse disso tudo.

E nem pense em se preocupar, nem se dê ao trabalho. Eu não vou me apegar a você.

domingo, 2 de novembro de 2008

Como quem canta na chuva, eu te amo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Gostosuras ou Travessuras?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O homem.


Eu conheci um rapaz, bem educado, simplório, inteligente e fútil.
Conheci um outro, bem afortunado, bonito, sadio e burro.
Conheci um homem qualquer, trabalhador, batalhador, bem vestido e mal educado.
Um menino bonito, educado, bem vestido e preguiçoso.
Conheci uma garota, a melhor da classe, bonita, rica e falsa.
Uma outra que mentia o tempo inteiro apesar da boa saúde, do bom senso de humor e da falta do que fazer.
Conheci um pobretão que tinha um coração que mais valia milhões de pedras de Rubi, conheci um “filhinho-de-papai” que mal sabia andar sozinho por aí.
Conheci tanta gente, tanta gente de tanto jeito que... É, acho que vou comprar um cachorro.
Tem preço, mas também tem valor.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A graça que a vida tem.


Um certo dia te chamar de amiga era singelo demais, então num gesto de ternura em excesso, passei a te chamar de irmã. Entreguei-lhe afeto e eu posso garantir que amor e carinho nunca lhe foram escassos.
Você poderia ter dado mais valor, quem sabe? Eu realmente queria (e ainda quero) o seu bem.
Segurei-lhe a mão, falei tantas verdades e prometi muito ficar ao seu lado para sempre. Eu só esqueci que esse tal de para sempre não existe e é isso o que me assusta. Para sempre é tempo demais e nós não tínhamos e ainda não temos tempo para isso. Mas se este for o caso, eu o invento.
Eu acreditei nas suas palavras, quando me garantiu amizade verdadeira. Acreditei no seu sorriso, no seu abraço, acreditei no seu olhar que hoje eu percebo que sempre foi mestiço, acreditei em você e de repente tudo havia acabado. E nós mudamos de irmãs para estranhas, como nunca havia imaginado.
E às vezes eu me olho no espelho e vejo a mesma menina de ontem e de anteontem e viro para o lado e lá longe, eu te vejo mudando e mudando como um camaleão muda de cor.
Não é esquisito para você, não?
Sei lá, é esquisito para mim. Eu te vi ir embora pela porta da frente sem nem me dizer “bye bye’.
The bittersweet.
Eu sinto a sua falta, sabia? Sinto um cheiro que lembra você, vejo uma flor que me lembra você, mas há um orgulho nisso tudo que não me permite lhe dizer isso. Ou talvez um receio de ver que talvez você não seja a garota que eu sempre achei que fosse, ou que talvez você seja a mesma garota, mas com uma outra capa desta vez. Dispa-se, então. Você sem ela é muito mais bonita.
Nisso tudo eu não sei de quem foi a culpa, talvez tenhamos sido infantis a ponto de deixar tudo aquilo se perder por uma atitude boba de adolescentes sem noção. Talvez tenhamos nos deparado com o mundo batendo de frente com a gente que nos desesperamos tanto e resolvemos descontar as frustrações uma na outra, tavez não. Talvez tivesse mesmo que acontecer isso para explicar alguma pergunta futura, mesmo que isso continue sem ter nenhuma explicação.
Para ser bem sincera, também não sei porque nesta madrugada de quarta-feira eu estou aqui te escrevendo tantas palavras que para você não significam nada e para mim até significam, mas normalmente não me dou o trabalho. Hoje só queria dormir um pouco mais tranqüila, queria aliviar um tanto do que eu precisava lhe dizer mesmo que você não precise/não queira ouvir.
Você sabe como sou, me senti no direito e acima de tudo me senti na obrigação de vir aqui e dar satisfações da minha idéia, dar satisfações sobre o que aconteceu e contar tudo o que eu acho dessa história, explicar a minha versão. Apenas me senti neste dever por saber que nós éramos amigas de verdade e que não sei se de ambas as partes, mas ao menos da minha parte, tudo o que foi oferecido foi real, todo o sentimento reduzido em amizade, foi real, foi sincero, foi honesto até o último instante que eu tive o poder de chamar isso de irmandade.
Não falei isso tudo até aqui sem nenhum propósito, não falaria se não estivesse, de fato, sentindo que há algo errado nisto tudo. E confesso que a vontade de consertar já foi grande, mas ver-lhe incorporando outras almas não me atrai muito e vai desgastando e desgastando e desgastando... Falando sério, tem gente que pode até não parecer, mas não vale nem sequer um real. Toma cuidado, my sweet.
Mas na verdade, o que tanto quero lhe dizer é que eu sou a mesma garota que te abraçou e disse que ia ficar ao seu lado para sempre, a mesma que te ensinou aquela dança escrota, que te esperou chegar sentada no sofá, que se preocupou com você, que sentiu medo quando viu que você demorava a chegar. Que quis ser São Pedro para segurar a chuva até você passar, que quis ser alegria para nunca mais te ver chorar.
Sou a mesma garota que seguiu seus passos com o olhar até te perder de vista, que te ligou para desejar boa noite, que desejou você por perto para não se sentir sozinha, sou eu. A mesma.
A mesma que te fez sorrir, que te viu chorar, que te abraçou e prometeu que tudo daria certo, sim, ainda sou. A menina forte que ficou sem você e nem sequer escorregou, mas às vezes sente o peso do passado prejudicando a passagem dos sonhos.
Se um dia você precisar de algo, alguém, estarei aqui.
No mesmo endereço, mesmo telefone. E se não precisar, eu também estarei.
Apenas saiba que você NUNCA estará sozinha, e aprenda com os pontapés que a vida dá. Não troque amizade por “amizade”, não chore achando que não vai conseguir, não menospreze quem lhe oferece abraço, você bem sabe que um dia vai precisar de um deles, o mais sincero.
Cuide-se, apenas isso.
Apesar de que hoje eu e você somos ocultas uma para a outra, tempos atrás não éramos e é só por isso que ainda desejo um penhasco de alegria para você.
Sem mais delongas... “Bye bye.”

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vamos.

Vamos, vamos. Vamos ao supermercado fazer compras para rechear a sua casa nova, colocar a conversa em dia, rir com ternura como há tempos eu não fazia. Contar minha versão da história, sentar e assistir as pessoas serem, apenas serem. Vamos então entrar neste carro e cair no mundo, alimentar o nosso vício que é o de se sentir bem, apenas isso.
Estacionar as dores, os problemas, e tudo o que tiver de ruim na mala do carro. Contar como eu fiquei bem das dores que eu dizia tanto serem incuráveis e você me alisava dizendo que essa dor ia passar, passou.
Vamos, vamos. Vamos combinar para sair no final de semana, durante a semana, fazer um almoço, comprar peixe. Fazer sushi, mesmo sem saber. Vamos nos encontrar e colocar a fumaça em dia, contar como estou indo na escola e você no trabalho, explicar a minha ausência, perguntar sobre a sua e me esconder na sua bagagem quando você for viajar sozinho para um lugar muito longe.
Imaginar-te vendo golfinhos e baleias azuis e chorando na arquibancada porque como eu bem te conheço, você gostaria de compartilhar isso com alguém, gostaria de abraçar alguém e não tinha ninguém além de um povo estranho e que fala um idioma estranho.
Mas eu estava lá, você que não deve ter visto. Eu estava lá como eu estou contigo o tempo inteiro e em todo lugar e como você está comigo da mesma maneira.
Muito bom lhe ver, meu bom e eterno amigo.
Espero que nunca que esqueça que aonde quer que eu ou você estejamos, estarei sempre lhe esperando.
Eu te amo, como já lhe disse outra vez.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Queria eu que o amor fosse uma máscara que eu nunca usei. Querias tu também, eu bem sei.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dança Comigo?

Previsível.

Em um instante, em outro instante, eu até pensei em te esquecer. Como quando a gente tenta esquecer uma cena triste, ou tenta esquecer alguém que ama para não doer.

Eu até gostaria muito de lhe pedir para ficar. Mas ficar mesmo, tipo... NÃO ir. De maneira alguma, nem nos pensamentos. Não deu certo.

E agora eu assisto você atravessar a avenida, com as mãos nos bolsos, chutando amêndoas pelo chão e ouvindo música. Deve estar ouvindo Rammstein, você está viciado nos nazistas.

Olha para cima como quem olha se vai chover, mas do jeito que você é e eu conheço muito bem, deve mesmo é estar procurando um disco voador porque viu na tevê que eles existem de verdade. Muitxo não, viu?

De tanto olhar para cima esqueceu que a vida real é mais embaixo e acabou por esbarrar na velhinha e pediu desculpas, com a cara mais cínica. Ela lhe chamou de “filhodeumaputa” com um sorriso estampado no rosto, e você sorriu de volta e saiu andando, não estava ouvindo nada mesmo.

Andou em frente, virou à esquerda e desapareceu da minha visão.

Deve ter andado um pouco mais adiante, deve ter logo em seguida atravessado a pista desembestado e não ouviu as buzinadas dos carros, deve quase ter sido atropelado por uma bicicleta por tamanha falta de atenção. Andou mais um pouco, acendeu um cigarro, o último cigarro filho de mãe solteira com o zippo prateado mais bonito que eu já vi. Tem um abutre de um lado e do outro tem uma moto com relevância e o fogo não tem cor de fogo, tem cor de inferno. Agora sim, pode imaginar.

O Marlboro já amassado tirado do bolso do casaco acabou quebrando o galho até chegar na próxima banca de revistas. Chegou.

Você deve ter olhado a banca pelo menos duas vezes pelo lado de fora, com aquele ar de desconfiado que só você sabe ter até nas situações mais singelas. Deve ter tirado só um fone e falado um pouco mais alto que o normal, como se quem estivesse ouvindo música alta fosse a moça do caixa e não você. Pediu a carteira de Marlboro, pagou, pegou o troco, colocou o fone e foi direto para a casa do Fernando.

No mesmo ritmo, na mesma amêndoa, no mesmo bolso.

Chegando lá o vagabundo estava dormindo, mesmo cheio de trabalhos da faculdade para fazer. Então a mãe dele falou que você podia subir e acordá-lo enquanto ela ia tirar o bolo do forno. Você não ouviu, sorriu, subiu e jogou a bola de baseball na barriga dele como você sempre faz, por isso nem tira mais o fone. É mecânico. Ele acordou atordoado e lhe chamou de “filhodeumaputa” e novamente sem ouvir, você sorriu e jogou a calça jeans em cima dele dizendo “Apressa, porra!”. Finalmente tirou o fone. Conversaram umas besteiras, ele se vestiu, você chutou sem querer o copo que estava no chão e ele te chamou de idiota e ficou rindo.

Os dois saíram, sem comer bolo. Encontraram o Bruno e o Douglas já na praça e foram andar de bicicleta pela cidade. Tomaram açaí na praia o seu tinha pouco leite condensado, buscaram a Renata na escola e agora cada um deve estar em seu respectivo quarto vegetando na frente de seu respectivo computador. Falando muito sobre nada.

E eu continuo projetando suas 24 horas seguidas minuciosamente para tentar me encontrar em algum minuto, segundo, quarto de segundo, mas não.


Pessoal, por favor, deixem a garotinha morrer em paz.
http://www.fotolog.com/freedom_m/31963206


Eu amo a Jeh.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

E que mal lhe pergunte, mas já que você fez tanta questão de ficar com meu coração, o que você pretende fazer com ele agora?
Eu estou te vendo ir embora sem riscar o chão com giz, você vai se perder. Vai levar contigo o que me resta e então o que vai me restar além de nada?
Sério, acabou a brincadeira, volte aqui. Me devolva esta porcaria.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quando você está: O sol nasce, o sol se põe e o dia permanece lindo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008



Eu só quero que você saiba que é por você que vivo a sorrir.
Não me leve a mal, ainda não sei como chamam isso.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ex.


Ruas escuras, frio, deserto, sozinho...
E as pedras, os carros, as caras, a multidão...
O silêncio.
A vergonha alheia, o riso escasso, o excesso de riso
O rio vazio e o sonho devasso, o medo... o medo.
A dor de dente, pulmão em chamas, estômago embrulhado
E pedaços de coração marcando o caminho de volta para casa
E ainda assim eu me perdi, me encontrei no seu olhar.
A dúvida, a descoberta, a mentira, o cinismo
A chave que fecha, a porta que abre, o caminho sem tapete bonito para passar
A vontade de simplesmente não sair nunca mais de lá.
Eis aqui a noite da anfitriã
Da dançarina, da bailarina, da artesã
Da atriz principal, da semente sozinha, da sempre sozinha
Eis aqui o cansaço em palavras, a preocupação em pessoa e a fantasia que é sempre minha.
A nostálgica calada, a voz que entoa, eis aqui a senhora
A senhora da Dor, senhora do Amor, senhora do Rio de Lágrimas, aquele que não seca jamais.
Eis aqui o lírio, o lírio que cobre túmulos.
Eis aqui o sangue, o sangue que acorda mundos.
Eis aqui a amante, a eterna amante de um amor sem fim
Eis aqui a espera, a lua cheia, Jasmim, Iemanjá.
Eis o folclore, a tradição, o Boi Tatá.
Eis o desvio quando sozinho por ruas escuras, frias, desertas.
Só por medo de esbarrar pela milésima vez com você.

domingo, 12 de outubro de 2008

No topo de um precipício e eu viro pedra.



E antes quando você me chamava, eu ia. Mas eu percebi que é melhor abraçar a dor e te ver ir embora do que te ver ao meu lado sem nem existir. A dor um dia passa, ela sempre passa.
E não adianta mais me chamar, eu não vou mais. Estou cansada de deixar você tomar decisões se em nenhuma delas você decidiu me amar. Estou cansada de ver outra pessoa dançando nos seus olhos, ocupando aquele que eu gostaria que fosse o meu lugar, cansada de falar sozinha, de esperar por você que eu sei que não vai chegar.
Portanto, não adianta, não me chame mais, é perda de tempo.
A vida dá uma lição que não há livro que ensine, e a minha está cobrando pontos que eu deixei faltar.
Assim como deixei as flores a seco, os doces ao Deus dará e o meu amor foi dilatando e dilatando e agora tomou conta de mim por inteira e ainda aposta na hora que você vai chegar.
Não me cobre atenção, não me cobre paciência e os planos que montamos naquela tarde, esqueça-os.
Nada de descer o penhasco, nem de fogueira à noite na floresta, nem de escalar o penhasco no escuro, nada de me ver dançar, nada de me ligar, nada de sair para beber, nada de nada, eu não quero mais te ver. Eu quero enjoar de você, cansar da sua graça, do seu carisma, de você por inteiro. Mas eu não consigo! Mas ainda assim eu quero.
Eu quero não tocar no seu nome e quero que o mundo inteirinho não me faça lembrar de você, eu quero um silêncio eterno e que você morra para mim, MORRA e não seja salvo pelo gongo.
Não quero mais a sua voz ecoando no meu ouvido e nem me acordando de madrugada para falar mentiras, aliás... Não quero mais mentiras. Odeio essas garotinhas que só sabem foder com a minha vida.
Eu quero mais que você suma da minha vida, suma principalmente de mim. Suma para sempre porque eu preciso urgentemente esquecer você. URGENTEMENTE.
Não faça disso tudo algo mais difícil, apenas saia do meu caminho, pois eu estou realmente muito afim de passar. Mesmo que eu esteja sozinha.Tudo só porque você a ama. O coração é foda.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ela é linda.



(A princípio, IGNOREM a minha cara de otária na foto. Obrigada.)

Bom dia! - Falei.
Tudo o que ouvi nos primeiros segundos um tanto decepcionantes foi um silêncio profundo que ecoava a lixeira no canto da porta e o barulho inconstante do ar condicionado já um pouco derrotado graças ao tempo.
Desapontada, caminhei até a última cadeira da segunda fila da direita para esquerda para sentar. Antes de chegar na tal cadeira que me chamava sem voz, foi uma voz doce na segunda fila depois da minha que roubou a minha atenção:
Bom dia. - E a dona da voz doce baixou a cabeça com sinal de timidez.
Agradeci meio sem jeito, pois numa sala de aula do ensino médio só tinha uma garota educada. (Deve ser por isso que o Brasil não vai para a frente. *Cof cof*)
Os dias foram correndo lentamente, trocamos uma palavra, duas. A garota não mais me descia na garganta.
Sua conversa, seus "tiutis", suas manias impossíveis de ser controladas me apertavam os nervos com as pontas das unhas.
E um dia ela queria ir fazer compras, e não tinha nenhuma amiga chata para ir com ela. Para dar palpite, morrer de inveja da blusa charmosa e dizer que a deixou cinco quilos mais gorda e nem ter chiliques junto com ela quando visse aquele adesivo imenso escrito "50% de desconto".
Ela resolveu me chamar. Logo quem? A última opção, a estranha que chegava atrasada com cara de sono, a atrapalhada que tropeçava na cadeira e dizia "Porra! Ops, desculpe-me professor", a garota que odiava as musiquinhas do intervalo da escola e era expulsa da aula por estar estourando saquinho de flau "sem querer" no fundo da sala.
Nem eu acreditei quando respondi:
- Vamos.
- Como assim? - Alarmada.
- Eu-vou-contigo-às-compras. - Articulei.
- PERFEITO!
Não tinha como não se apaixonar por ela em algumas horas de convívio. Digo apaixonar pelo jeito, pelo carisma, pelos detalhes pequenos que os habitantes do mundo de ouro e prata que ela vivia não enxergavam em anos de convivência. (Sem lesbianismo, por favor.)
Desde então, essa mesma garota teve uma influência em minha vida que eu posso chamar de i-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l.
Eu vi a minha amiga deixar de ser menina para ser mulher, ela me viu chorar.
Quando estávamos juntas, o ambiente se enchia de cor, de borboletas azuis. Ela é incrível.
Já passamos por poucas e boas, nela eu encontrei o sentido da amizade sem colocar defeito algum. Foi um presente que a vida me deu e que depois das tantas e tantas voltas que o mundo deu até então, não conseguiu carregar para longe.
Sem desmerecer outras amizades, mas ela foi a primeira pessoa que eu confiei me jogar no fogo, colocar a mão era muito pouco.
Dividimos tantas dores, tantas mágoas, tantas experiências. Eu bem sei que ultimamente temos nos visto bem menos, mas só em saber que ela está logo ali e em saber que no ombro dela eu posso me apoiar, meu peito estufa de alegria e nada, eu disse NADA consegue atrapalhar o meu caminho.
Só vim aqui para dizer que quando penso nela, a única dor que ativa é a dor de não vê-la todos os dias. Every single day.
E eu quero deixar por escrito a minha gratidão á ela por ter feito da minha vida algo bom de se viver, depois dela eu passei a caminhar numa estrada e deixei a corda bamba de lado.
Ela me ensinou muita coisa, me deu forças para seguir em frente e me abraçou quando eu mais precisei de abraço. Peço-a que me perdoe se não fui boa o suficiente em algum instante ou se lhe fiz algo doer ou sei lá, apenas me perdoe. Eu a amo.
Não que eu não tenha mais amigos e que não os ame, mas ela foi a minha fiel companheira em todas as ocasiões e eu NUNCA vou esquecê-la, leia isso como JAMAIS.



P.S.: Eu a amo.





Para Sarah Gama*
E teve um cara escroto que falou uma vez:
"'Se não for para me fazer voar bem alto, nem tire meus pés do chão."
Será que agora o recado está dado?
Passar bem.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

E se eu pudesse me encontrar com o sol agorinha mesmo. Eu lhe daria 10 libras para nunca deixar de iluminar o seu caminho. Nunca.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eu quero amar sozinha.


Eu não quero que você me ame. O amor não se cria, não se planta, não se compra, não se pede por telefone com entrega rápida em domicílio, não se exige, não se implora, não se importa, não se exporta, não se impõe... O amor nasce. Nasce e não é possível evitar, não é possível abortar. O amor simplesmente chega, derruba tudo, toma conta do lugar e se o amor invadir, não há como ter sossego. Ele não te deixa dormir em paz, nem jantar em paz, nem sonhar em paz, nem sequer escovar os dentes em paz. O amor distorce a rotina, remonta o dia-a-dia e até uma pedra perdida na estrada vai ser bonita aos olhos de quem ama.
E não é nada, eu hoje só não estou muito disposta a ter que aturar suas dores por alguém que você ama quando este alguém não sou eu.
Hoje não.
Eu odeio ter que deixar algo para o dia seguinte por ter medo de talvez esse tal dia seguinte nunca chegar, mas se eu estiver sem você novamente, eu nem faço questão.
Então eu deixo para amanhã, tudo o que você quiser me dizer sobre o seu grande amor você pode me dizer hoje, agora, mas eu só quero entender amanhã, ou nunca.
Talvez se eu nunca entender, nunca mais me doa. Mas talvez.
Eu até tento ser clara contigo, às vezes crio uns labirintos para testar sua pressa, e você sempre sai a tempo.
Mas hoje, ao menos por hoje eu quero ficar presa nele. Quero me perder num projeto que eu mesma construí, quero não achar a saída, quero sentar encostada numa parede coberta de folhas verdes e rosas vermelhas e não saber para onde vai aquela estrada e nem saber qual é o caminho certo. Eu só quero ficar presa sozinha.
Quero deixar meu amor e meu sentimento sem nome do lado de fora do labirinto, quero não me apegar a você e nem às suas idiotices. Eu quero não me apegar a você, não se você não for se apegar a mim.
E o amor hoje arranhou o meu disco de vinil, fui ouvir minhas músicas antigas e não passava de “Meu amor, tudo em volta está deserto, tudo certo. Tudo certo como dois e dois são cinco." Ele, na verdade, só queria chamar um pouco a minha atenção.
E eu queria decepcionar e dizer que desta vez não.
Eu queria desapontar e dizer que desta vez eu não ouvi o amor me chamando em silêncio, mas eu desaponto a mim mesma quando vejo que não consigo me fazer de surda para este tipo de coisa.
Portanto, já que para você o amor que lhe sinto é nada mais, nada menos que uma página já lida de um belo livro do extraordinário (idolatro mesmo) Gabriel García Márquez, faça-me o favor de me esquecer.
Esquecer meu jeito "maneiro" de ser, esquecer que eu te faço sorrir, que eu gosto de você e que eu sinto a sua falta todos os dias que você não está.
Faz de conta que eu nem estou aqui, faz um esforço e faz de conta que eu nunca estive, que nós não nos conhecemos e que eu não te dei meu coração de presente embrulhado numa caixinha coberta com brilhantes, faz de conta que eu não existo, faz de conta.
Faz de conta e pára de insinuar que sou eu quem não sabe amar nisto tudo, nesta porra, neste caralho, eu sei. Sei mais do que muita gente, tanto quanto ou até mais que você, eu sei. Eu sei o quanto dói, então quando você me ver correndo em direção do nada, não me pare. Eu estarei tentando fazer com que o meu amor por você não me pegue novamente, isto é, se ele conseguir me largar para que eu possa fugir e chamar a sua atenção correndo feito louca sem direção. Puta que o pariu! É você quem não entende! Você.
Você quem não entende, é só a languidez de quem amou em silêncio.
E essa languidez eu conheço muito bem, ainda estou padecendo nela.
E enquanto não chego ao final, continuo lendo "Memórias de minhas putas Tristes" do tal esplêndido (o que eu idolatro mesmo) Gabriel García Márquez.
Hahaha, você não me vale nem uma pocilga, menina.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Eu moro onde você passa as férias".

quinta-feira, 2 de outubro de 2008


E meu coração limita-se à razão. Porra.




P.S.: Und Ich Liebe Dich.

A menina do vestido estampado.


Mariana Heck,


eu não sei porque, mas tive uma intensa vontade de lhe escrever o que talvez nunca tenha lhe dito, por timidez, quem sabe?
Mas se eu soubesse que você iria me fazer tão bem, teria lhe dirigido a palavra com mais pressa, com mais graça, com mais garra.
Você não me cansa, não me estressa, você não me tira do lugar. Fica ao meu lado, me diz o que pensa e eu que me vire para te interpretar e interpreto. Da melhor maneira ou da maneira que for eu sei o que você quer dizer mesmo quando finge que diz e não me diz absolutamente nada.
A vida foi bem justa quando deu uma rebordosa no mundo e me posicionou bem ao lado seu, foi bem justa quando me uniu a você e agora temos um elo que eu não quero nunca romper.
Eu te amo, com os boatos que as mentes férteis de crocodilos criam sem saber das conseqüências, com o medo de que você também vá embora, com sua impaciência, com sua irreverência e com as coisas erradas e inevitáveis que você faz/pensa/sente como amar quem não merece nem uma gotícula cuspida do seu amor que é de longe incrível e de perto um tanto quanto... Surreal.
Eu te amo, minha menina. Eu te amo porque depois de você eu aprendi N coisas sem que você percebesse, porque você me aceita com todos os meus defeitos e eu te vejo conversando com o passado e suportando esse presente e sem querer sair daqui. Eu te amo pelo seu esforço pelas coisas, pela sua boa vontade, pela sua perseverança, pela sua bondade que é tamanha a ponto de não caber neste corpo tão pequeno e sair por aí distribuindo afeto, e atingindo todo mundo que você encontrar.
Eu te amo, não que você seja perfeita, mas te amo pela perfeição que você me passa quando me faz sorrir sem se esforçar, você me faz bem, também me faz feliz e eu te amo porque foi isso o que eu sempre quis. Encontrar pessoas que me façam sentir falta e que façam meu presente valer a pena a ponto do ontem e do anteontem não me atingir tanto quanto o vazio do hoje.
Eu te amo porque você também me restou, ficou comigo na poeira da solidão. Não me largou e não me mentiu afeto, e eu morro de medo que o mundo tenha outra rebordosa e pare com brutalidade e afaste as nossas cadeiras.
Então me deixe prender-me a você, sem correntes, sem algemas, apenas com o coração.
E quando eu digo que te amo, eu digo porque sei que sem você muitas coisas perderiam o sentido. Quando eu digo que não quero que vá embora, eu digo porque sei a invasão de saudade que chega quando você não está e quando eu digo que vou estar ao seu lado para sempre, é porque mesmo com a parada brusca do ônibus chamado Mundo eu não vou nunca te perder de vista. E vou estar disposta a colocar minha pele a risco e meu coração no fogo por você.

Com amor... Zuicy.






quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Passo de dança.

E quando a dor já não mais me doía tanto assim, você teve a brilhante idéia de me aparecer com um sorriso de amanhecer. Eu ainda fechei os olhos e desejei acordar depressa, mas não era um sonho e o salão não era o meu quarto escuro, sem charme. Eu até falei que estava no caminho errado, mas minha voz virava música, eram notas musicais para todos os lados e você me chamou para dançar.

-Dá-me a honra de dançar contigo esta canção?
E éramos somente nós dois fazendo passos no salão e os meus pés quase não tocavam o chão, e eu via a minha dor que já não mais me doía tanto assim abrindo alas para a minha chegada e para a minha solidão, ia começar tudo outra vez. Over and over again.
Eram o silêncio profundo e a ternura eterna que iam me consumindo aos pouquinhos. Pedaço por pedaço de mim, pedacinho por pedacinho mal amado aqui dentro. Tudo consumido por um silêncio profundo, ternura e depois de umas notas musicais e uns passos a mais, consumido também de mágoas.
Aquela amargura que há tempos não queria nem sentir o cheiro, estava fervendo e borbulhando o meu sangue, a amargura que há tempos eu não queria nem sentir de qualquer maneira, estava fazendo de mim um pedaço usado. Eu era um ser inteiro em pedaços de aflição.
E foi para não me entregar de vez aos braços quentes do homem que por algum tempo foi para mim meu caminho proibido e de repente quase sem sentido abriu as portas, me jogou um tapete e me convidou para passar, que eu fugi de mim mesma e fui tentar encontrar a minha dor. Que me acompanhou por tanto tempo, me afastou da solidão escura e acabou por me lagar e me deixar semi-só no salão por acreditar que a música destrói qualquer dor. Mas a minha não, a minha era surda e não teria Bethoween ou Amadeus que a fizesse derreter e se misturar com as lágrimas já deitadas no chão prestes a afundar num vazio sem fim e ser também desfragmentada e transformada em uma gotinha pequena sem gosto, sem cheiro, sem cor e principalmente sem luz.
-Aonde você vai?
-Fugir de mim ou me encontrar, ainda não sei.
-Você sempre foge de si mesma quando se encontra em mim?
-Sempre.
Em instantes eu senti o chão que era frio a ponto de me subir pelo salto e gelar minhas pernas, derreter como flocos de neve dinamarquês no verão. O chão sumiu, o frio ficou...Ficou com medo. E eu fiquei com frio e com medo e com verão me corroendo o coração, me embrulhando o estômago e me atormentando o juízo. Eu o amava.
-Você não ia embora?
-Já fui, faz tempo.
-Não foi, te vejo.
-Não existo, não mais.
-Existe, é claro.
-Ainda me vê?
-E sinto.
E novamente éramos somente nós dois, sem saudades batendo à porta do salão, sem amor com medo da solidão. Só tinha amor procurando um lugar seguro para se esconder, além de mim, além dele, além de debaixo da mesa. Éramos nós dois nos mesclando com a ternura que se espalhava pelo ar, enquanto as estrelas faziam a festa no sistema solar, enquanto os pássaros posavam, mas não cansavam de voar, éramos nós, éramos nós, éramos apenas nós.
E ele me alterava em fração de segundo, coração ficava batendo a mil por minuto e quase nada de repente.
-Fique.
-Não.
E larguei o que me prendia ali mesmo. Corri pensando no que poderia acontecer se eu ficasse. E pensei tanto que quase não conseguia correr, meus pensamentos não cessavam e meu coração não queria mais ser o apogeu da minha dor – e que dor – enquanto eu conseguia fingir que estava sempre tudo muito bem. E se ele fosse embora para sempre como havia prometido? E se resolvesse ficar? E se não mais me amasse? E se fosse tudo uma grande e bonita mentira? E se não houvesse um final para que eu pudesse puxar minha poltrona, sentar e assistir? Eu não queria ver o final. Então corri, corri até perder o fôlego e quando quase não me restava oxigênio, eu voltei.
-Hey, espere. Estou aqui, de volta.
-Esbaforida. Para que tanta pressa?
-Para não lhe perder.
-Nunca, nem de vista.
-Eu te amo.
-Faz-me rir.
-Eu te amo.
-E se não der certo?
-Vai valer a pena da mesma maneira.
-Então façamos valer.
E depois de algum tempo, não tão simples como uma poema mal escrito, tudo isso não deu certo, mas valeu a pena.

domingo, 28 de setembro de 2008

Porque você bem sabe, melhor do que eu, é fato. A falsidade é a alma do seu negócio e só por isso que você nunca sai desta merda de posição.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Temida.


E agora mais do que nunca eu quero você comigo. Com amor, confiança e todas as palavras que você estiver com vontade de dizer. Eu não te amo, não te amo porque você ainda não me fez chorar, mas eu quero você aqui do mesmo jeito, me fazendo lacrimejar por dentro sem chamar de melindre e sim de ternura.

Eu não te amo por ter medo de dizer para mim que alguém vai me deixar com frio no calor do país tropical, por ter medo de admitir que algo vai me doer além da minha nostalgia e da minha dor de estômago, não te amo por medo de você não me amar.

Eu encontro beleza em tudo o que você faz, até na censura. Não fume, não faça isso, não faça aquilo. Encontro beleza na sua inocência, no carisma que você carrega e não tem a mínima idéia, no seu jeito espontâneo.

Não te amo talvez por ter medo de me esbarrar com você na solidão e não conseguir te tirar de lá. Você tem um ciclo social tão estranho e fútil, que o meu ciclo acaba sendo vulgar ao te ver passar te mãos dadas com a aparência.

Eu tenho medo de não acordar na manhã seguinte por ter me sufocado com o amor, medo de não poder me movimentar por ter tanto medo de perder você, por isso eu não te amo, porque não quero mais viver nesta melancolia que só faz machucar e machucar, nunca sara.

Talvez um dia eu tranque a porta forever e você não saia mais daqui, mas não quero que esse dia chegue, ao menos não quero agora. Tenho medo de te segurar e te ver implorar para sair, bater esperneando na porta com a esperança de que alguém venha a ouvir e te socorrer deste amor latente que muito provavelmente vai te prender na sala de estar.

Eu só posso garantir que não vou te machucar, seria como fatiar a mim mesma em pedaços bem pequenos. Mas não vá embora agora, sente-se, tome um chá, conte-me uma estória e passemos o dia inteiro sem saber o que fazer com ao amanhã que demora tanto para chegar.

Eu não vou te machucar porque conheço você e sei que você não é acostumado a isso, sei que não me olharia mais nos olhos até a próxima primavera.

É complicado ter que aceitar as coisas como elas simplesmente são, às vezes dá para moldar o pedaço do mundo que esquecem na palma da mão da gente, mas às vezes não.

Portanto, quando eu digo que você pode ir, não é por desvalorização ou por fazer pouco da sua presença, é apenas porque a sua presença me preenche por muito tempo e eu sei que tenho que me acostumar com o vazio porque mais cedo ou mais tarde você não vai mais voltar e eu não quero ter problemas comigo mesma. Problemas que nunca se resolvem.

Acontece que eu não te amo, não que eu não queira e sim que eu não consigo. Na verdade, não faço questão nem de tentar, você me deixa tão insegura. Quando está por perto tudo fica desnorteado e eu passo a não confiar direito nem sequer em mim, o que dirá no meu órgão muscular oco com cheiro de maçã podre.

Você às vezes me confunde, faz com que eu me perca, mas eu sempre me encontro. Mesmo que seja em você, eu SEMPRE me encontro. E é por isso também que eu não te amo. Porque às vezes eu me encontro em mim também, numa dor rastejante que eu esqueci jogado embaixo do tapete do meu quarto.

Eu quis mesmo ter você para mim, eu ainda quero ter você para mim, mas se você realmente se interessa em saber, eu não vou mais me esforçar tanto não. Vou ver se deixo esse papel para você nem que seja por pouco tempo, só para me mostrar da melhor maneira se vale a pena ou não me esforçar tanto pelo seu amor fingido.

Meu estômago não agüenta mais isso, meu pulmão não agüenta mais, meu juízo não agüenta mais e o meu coração... Do coitado nem se fala. Ele sofre mais com isso do que meus ursinhos esfaqueados sobre a cama. Você me dói de um modo estranho, um modo que eu não chamo de amor, mas é como se chamasse porque você mal desceu as escadas e cá estou eu morrendo de saudades.