domingo, 31 de maio de 2009


Histórias (verídicas) que a Jucy ouve por aí:

*Após uma revista, uma discussão e uma dispensa*

Policial: Facilite, esse capitão é bravo que só a porra. Agilize, mermão!
Fulano: Agilize uma porra! Não saio daqui se o cara não for comigo. Eu sou responsável por ele e só saio daqui com ele!
Policial: Meu filho é debochado, não é?
Fulano: Debochado nada. Esse aí prende e solta depois. Meu pai quando prende não solta nunca mais.
Policial: Seu pai? Quem é seu pai?
Fulano: Coveiro em um cemitério ali no Jaraguá.


HSUAHSUIAHSUIAHSUIAHSUAHSUISAS =X

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Salgueiro Chorão.



"Salgueiro chorão com lágrimas escorrendo
Por que você chora e fica gemendo?
Será por que ele lhe deixou um dia?
Será por que ficar aqui não mais podia?
Em seus galhos ele se balançava
E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava?
Em sua sombra abrigo ele encontrou
Imagina que seu sorriso jamais se apagou
Salgueiro chorão, pare de chorar
Há algo que poderá lhe consolar
Acha que a morte para sempre os separou?
Mas em seu coração para sempre ficou"

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Se fodeu!


Quem me faz bem.

Dizia que me amava e saía amando outras garotas por aí, fingia que me esperava enquanto o tempo parecia urgir, apressava-o por não ter tempo a perder, e mesmo assim perdíamos muito tempo e parecia ter pouco a fazer. Eis o tempo: Tic tac tic tac...
Sabe-se lá se ele já quis segurar a minha mão para não mais soltar, tampouco me abraçar para nunca mais me deixar ir embora, sabe-se lá se já quis me deixar e correr mundo a fora.

Sabe-se lá o que ele deveras sente, o que ele gostaria de sentir e mais ainda o que não.
Sabe lá se prefere primavera, inverno, outono ou verão.
Sabe-se lá.
Dizia que não queria, mas vinha. Dizia que não queria olhar, mas brechava pela soleira da porta. E quando não tinha tantas palavras para dizer, fechava os olhos, não sei bem porque, sei somente que tinha um olhar tão bonito, que fixava olhar alheio em suas piscadelas, como em uma atração.
Fazia o que podia apenas por ser gente boa, por ser amável, por ser apaixonante, mas não apaixonado – Sim, essa história novamente.
A voz dele tinha um timbre que encantava os ouvidos ouvintes e surdos que não queriam mais ouvir tanta verdade, as verdades que machucavam sem querer e se havia alguma esperança viva na dor que mais doía, desfalecia lentamente, como o rastejar de uma lesma já doente.
Eu deveria estar acostumada com certas voltas que o mundo dá, acostumada com certas condições que me impõe e que é preciso aceitar, acostumada com o mundo mesquinho que fica me atormentando e essa vida safada que fica me bolinando. Deveria estar acostumada com o surto do mundo, com o mundo do lixo, o lixo do mundo que chamam de Paz.
E passei a rir da graça por achar que ia me agüentar, passei a fingir não ter graça para conseguir suportar, e aprensento-lhes agora uma guerreira, suportei. Venci a minha guerra pessoal e diante mão aviso que se ele não me amar com uma reciprocidade verdadeira, a dor não vai ser suficiente para me apagar. Nem que eu vire rabisco, nem que eu grude meus pés no chão, nem que eu suma um pouco, mas nunca completamente. A dor tão ligeira que sai destruindo seres, não vai me vencer desta vez.

Eu aprendi, meu jovem, eu aprendi. Meu coração não pode deixar nunca mais o meu corpo cair.
E quanto a ele que me protege sem nem pensar, da chuva, do sol e do que mais eu precisar, eu posso acompanhá-lo até a porta do meu inferno, o meu bom e velho Inferno Particular. Olhá-lo e não deixar saber que vez ou outra quando me abraça, vai empurrando os punhais já fincados no meu estômago, esperando o momento certo para varar.

Mamão com açúcar, baby, me abrace sempre que puder, da maneira que quiser, mas não prometa me amar. Eu sei o quanto você não quer, eu não vou te pressionar. A seqüência dessa dor eu se cor, depois da dor eu sempre durmo bem melhor e no dia seguinte a angústia parece estar ainda adormecida e nem parece que vai acordar. Por trás da chuva tem um sol lindo, nunca ninguém te disse isso? Há sempre um bom motivo para se reerguer, sempre um bom motivo para viver.
Eu posso acompanhá-lo, meu amor, acompanhar até onde quiser chegar. Eu prometi que nunca ia te deixar sozinho, lembra? Eu nunca vou te deixar sozinho.
Eu tenho medo de te perder de vista e nunca mais te encontrar.
Pois bem, conseguiram unir a perfeição e a imperfeição em um só ser, juntar meu coração ao coração do improvável e eu não sei mais bem quem sou. Ou não quero descobrir que sou a mesma de antes. Sozinha, cansada, ocupada, vazia e com uma carência enrustida, uma fraqueza escondida por detrás das máscaras.
Eu vou me descobrir e vou me encontrar novamente nua, sem essa película fumê nos olhos, com mais saudades e cada vez mais crua. Sem esse riso permanente de orelha a orelha, sem esse risco que separa meu mundo do seu, sem tanta coisa. Mais vazia, um pouco mais vazia, acreditando no apogeu.
Vou me encontrar sem nada, sem choques, sem fúria, sem medos e cheia de amor. Esse é o apetrecho, o acessório, a coisa que não tem como tirar. Então depois que eu me encontrar em mim mesma, vou deitar em uma rede, em um lugar longe e espero que ao menos dessa vez, eu consiga dormir por muito tempo. E acordar quando a dor não mais doer, quando o sol não mais arder e quando você não estiver mais tão longe de mim.

Não pode mais ser assim, eu me peguei de novo pensando em você.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

R$


Umas mentirinhas bobas muito bem compradas e a dor sempre viva naquele coração sem sonhos, aquele coração de puta, sem futuro, sem fundamento, apenas faminto de uma paixão mais cara, mascarada, cada vez mais cara, quanto mais, mais caro, caro, o caro amor que lhe resta já não tem tanto valor.
Mentirinhas apodrecidas! Como maçãs que estragam o resto da cesta, como o cheiro que preenche a sala, como a explosão calada que ensurdece os culpados.
São as mentirinhas sem cheiro, sem cor, sem nada, nem nada, nem afeto, nem nada. As verdades escondidas no fundo do baú por temerem o riso do sol, temerem o murro da raiva, o ódio explícito em um grito de terror. O sopro que tira todo o pó do lugar e a puta mal paga não pode mais cheirar e pira. Fica louca, psicótica, o vício não foi alimentando por um sopro sem sentido e o preço? O preço não sobe. Inflação. Dessa vez ela vai ter que fingir que goza. Malditas putas vazias, nem para se apaixonar por duas horinhas apenas.
Adeptas às mentiras fajutas, aquelas que dão um gostinho à coisa, um sentido ao ato, aquelas que não tiram o sério do lugar. E o coração? Nem sempre vazio, nem sempre vazio, ou sempre vazio. E se cheio, meu pai, se cheio é em vão. Que homem vai amar com reciprocidade quem abre as pernas por uma nota qualquer? Não há homem que queira ser o décimo da noite, o terceiro da noite, o primeiro, mas não o último. Malditas putas pagas e não-pagas.
Um boquete por uma G de pó, bonito isso para aquela mocinha. - Coitada, não deve ter nem dezessete anos, mas é gostosa, pagam mais caro.
Não vai à escola, não trabalha com carteira assinada, fuma cerca de duas carteiras de cigarro por dia - antes fosse o Marlboro vermelho -, vive com o nariz sangrando, viciada. Vive com os braços marcados, viciada. Vive caindo aos pedaços, viciada. Vive vendendo prazeres, prostituta. Vive sem poder dormir, zumbi. Morre todas as noites em uma cama qualquer e acorda ao lado de um homem que nem sabe o nome e durante a próxima noite ela vai poluindo as ruas. Com aquele perfume fedido e forte, os trapos caindo pelas laterais e todos os sentimentos que um dia nela brotaram, vão se quebrando e caindo pelo caminho, sujando calçada alheia.
Viciada.
Ainda menina e nem quer saber o que gostaria de ser quando crescer. Se passar dessa noite, o ciclo nunca pára.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Encanto



Aí ela, ela e eu estávamos conversando, concluímos sobre príncipes encantados.
No meu caso, eu sempre esperei mesmo dizendo que não - como todas as outras mulheres que deram as caras no mundo - por um homem incrível. Um homem mágico – digamos assim-, na qual eu me apaixonava e amava sem estribeiras e que chegava em um cavalo branco, grande, esperto. O príncipe estava muito bem vestido e com uma rosa vermelha na boca, tinha um olhar apaixonado e mais que isso, apaixonante. E todas as qualidades que eu não acreditava que podia existir em alguém, existia nele, somente nele.
Aí eu me apaixonei e amo sem estribeiras um cara que chegou usando Havaianas. No lugar da rosa vermelha na boca ele tem um cigarro, nada de cavalo branco, ele prefere motos. Não tem o olhar apaixonado, mas é apaixonante como nem eu sei descrever e está sempre usando uma camisa azul e uma bermuda azul também. Acha que sabe detonar no dominó e o pior de tudo é que ele detona mesmo, então jogamos cartas e eu começo ganhando e termino perdendo. Não tem serenatas de amor abaixo da minha janela, mas tem o abraço caloroso que só ele sabe dar. O tal abraço que eu sinto tanta falta e só ele tem.
Muda um caminho perfeito para poder me acompanhar, me encanta como nem ele mesmo sabe como faz.
Não que eu não viva sem ele, mas estou naquele momento mágico em insistir que não só para que ele fique mais um pouco, mais um monte, dois montes, e eu passe a definitivamente não querer mais viver sem ele.
- Certo, eu já não quero.
É sempre assim, por mais que nós esperemos por um ser projetado em nosso subconsciente, é pelo desgraçado mais improvável que a gente se apaixona. E é essa improbabilidade que dá o gostinho doce e mais ainda o amargo do amor. O amor, o amor, o amor filhodaputa que está de novo tirando o meu sono.