segunda-feira, 18 de março de 2013

  É uma saudade que peca! Que está no coração errado, da pessoa errada, na hora errada.
Não se pode manipular o que você deixa lhe superar, nunca dá certo isso.Vá devagarinho, vá tomando espaço aos poucos, vá colocado um pé de cada vez, passo a passo e de repente você terá autonomia. Sobre o que? Sobre quem? Sobre você? Autonomia sobre você? Mesmo deixando a vida correr sem direção e você nem sequer segura na mão dela pedindo para te esperar? É claro que ela não vai esperar, mas tente. Sei lá, tente. Se ela não esperar, você corre atrás dela. Você chuta o pau da barraca e muda todos os planos, muda todas as direções e atira para qualquer lado. Doa a quem doer, ao pé da letra.
  É uma vontade que mata! Que traz o desejo errado, da pessoa errada, na hora errada.
Logo quem? Não pode ser.
  Não se pode manipular o que você deixa tomar conta do maior espaço e ficar com o quarto principal da casa, não dá para manipular quando você deixa ficar com todo o território enquanto você se conforma com a casinha do cachorro.
  Você já perdeu tempo demais, tempo quando se perde não se ganha outra vez. Ou faça valer a pena o que vier ou esqueça que você falhou.
  Faça a opção certa, julgue a opção que você acha mais correta, julgue aquela que lhe faz bem e fixe nela, escolha a melhor e se agarre à ela. Amarre-se à ela e mude de vez a sua vida fracassada para melhor. Escolha a opção certa, mesmo que essa opção não seja nenhuma das disponíveis. Disponibilize.

domingo, 17 de março de 2013

Trocando seis por meia dúzia e ainda lamentando por que a escolha certa soa errada.

quarta-feira, 13 de março de 2013

"Se não for por amor, me deixe aqui no chão."

sexta-feira, 8 de março de 2013

  Procurou no sofá o bebê que ainda nem falava, encontrou outro alguém, o mesmo bebê.
De repente a irmã mais nova cresceu demais e já pode caminhar com as próprias pernas. De repente ela sai sozinha, usa salto alto, conversa no celular.
  Seus amigos de guerra tomaram rumos distintos. Cada qual para o seu lado, cada qual com seu amor e na sua vida muita coisa não mudou.
  O tempo agora é inimigo da perdição, da traquinagem, do peão, da festa à noite. De repente não pedem mais sua identidade na compra do vinho da depressão, nem na banquinha do cigarro que aumenta muito mais que a própria inflação. 
  Você agora precisa pensar antes de agir, como assim? Você um dia tentou não magoar alguém e de repente percebe que simplesmente não magoa ultimamente pela força do hábito. 
  Seu coração se transformou em mil, mas ninguém viu.
  Seus amores não são mais amores e a sua parede nem é cheia de cores. É um preto no branco nem um pouco jovial, uns livros na estante que não ganhou de Natal. E os amores ainda não são mais amores e você nem sabe mais se isso machuca mais, machuca menos, ou nem machuca. 
  Não perde mais as chaves, o descolado usa cinto apertadinho e sapato social. Você já sabe para que veio, já sabe para onde vai, quem vai levar consigo, o mundo real.
  De repente não tem mais espinhas, fala sobre sexo abertamente, não bebe até vomitar, não entra em casa nas pontas dos pés. De repente você não entra em casa nas pontas dos pés, mas como assim? 
  O tempo agora é inimigo da diversão, da malandragem, do cochilo no meio da tarde e acordar no fim dela achando que é madrugada. Vestir a farda da escola correndo achando que vai perder o busão. 
  De repente você tem até habilitação.
  Acorda com despertador, esquece de tomar água no trabalho, sabe trocar pneu de carro, não leva bronca por comer doce na hora do jantar. No tempo livre você precisa estudar, na madrugada você não pode acordar, é menos tempo para a labuta seguinte.
  Paletó, gravata, sapato bem limpinhos e cadarços amarrados. Dentes escovados, cabelo penteado, a bola na dispensa. As chinelinhas que eram as traves do gol no meio da rua já nem cabem nos seus pés.
  De repente um fóssil.