sábado, 7 de dezembro de 2013

  Mas aí a gente tem que ir ver, tem que ir olhar com os próprios olhos acreditando piamente que é para superar, mas na verdade é para machucar um pouco mais e criar ódio. Não cria. Aí a gente tem que fumar um cigarro, tomar uma dose de pitu escondida no guarda-roupa e fingir que isso é superar, é seguir adiante, é deixar o passado no passado e fazer do presente um gift de Jah. Não é. Então a gente cria tática. A gente cria algumas táticas onde vai descobrindo que é que está com você de verdade, ao seu lado, segurando sua mão, mas aí as táticas são eficientes demais e a gente fica só. Mãos abanando, ombros largos e sem ninguém apoiando o abraço, lágrimas que escorrem e enxugam por si só.
  De tudo eu quero um pouco mais, de todo pouco eu quero ainda um pouco mais. Quero descobrir que foi o certo a ser feito, que foi o que mais machucou e que vai ficar para sempre, mas que pilantrando com a gente mesmo a gente quer que machuque mais porque a gente ama. A pessoa ama, meu deus, a pessoa ama. A pessoa ama e vomita lamentações, conversas, solidão e oportunidades.
  Eu vou dar uma chance à vida não porque eu quero ou porque algum poeta fajuto me falou, eu vou dar uma chance à vida porque é a minha única opção.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

 Será que vai ser assim o resto da porra da vida?

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

 Sai daquiiii, Diego!!!!!!!!!!!

S2

sábado, 2 de novembro de 2013


Você é meu príncipe.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Você já me levou tudo. Risos, suspiros e amor, por favor, me deixe a poesia.



E o chip.
  Toda manhã os pássaros vêm me dar notícias suas. Todas as noites as estrelas, as luas e as cobras vêm me dar notícias suas. Tudo estaria bem se as notícias não viessem acompanhadas de um punhal em chamas, que corta e queima tudo o que vê pela frente. E quando de repente nos chocamos, o punhal e eu, não se sabe qual mais fere, qual mais está ferido, se sabe apenas que ele só me trouxe notícias suas, só notícias que não me servem.
  Quero ouvir o faqueiro inteiro cantando em couro que você voltou para mim.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Não deixe a maldade atingir as outras pessoas. Alimente o que se tem de bom e só ele sobreviverá! =]

domingo, 8 de setembro de 2013

  É cretinice demais amar demais quem não nos quer bem, ou apenas quem não nos quer. E segurar a mão de quem nos ama demais como se aquilo não doesse nele como dói em mim por amar demais quem não me quer bem, ou apenas não me quer.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

   E todos vêm me dizer que nada dura para sempre. 

Nada. 



                           Seja meu...



Nada.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

  E achar normal tudo voltar ao normal me parece meio fora do sério. Sério.
  Até que ponto?

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

  Olhou para o lado e a criança da vizinha está virando uma mulher. De repente os seus princípios foram por água abaixo, suas metas foram traçadas com giz e a chuva anda apagando. Se pega esnobando o gatinho otário, não tem mais idade para conversar água.
  Arruma o quarto sem ninguém mandar, não chora mais com filmes de romance, encaliçou.
   Olhou para dentro de si e o coração encaliçou, não sabe mais o que fazer da vida sem princípios, metas e com um coração velho e encaliçado. Melhor implorar a morte.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Considerar a ausência e deixar a fortaleza transparecer. Pode não parecer, mas tem gente que ainda faz falta.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

RAP = Revolução Através das Palavras

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Tanto a se dizer, mas se falta... tempo.

   Pensei em várias formas de mostrar que o estereótipo estipulado pela sociedade não passava de um nome qualquer. Que a classe social que a própria s o c i e d a d e estipulou como baixa, média ou alta, suprindo a necessidade da mudança, mas substituindo, na grande verdade, o reinado que sempre assolou essa porra toda, na grande verdade (novamente), nua e crua, é que não faz a menor diferença e não me, não ME interessa nem um pouco. Nem um pouco.

   Pensei também em maneiras de mostrar que muitas vezes toda essa capa de proteção construída pela vida, de indelicadeza, pouca paciência e pulso firme, muitas vezes está ali só para fazer o seu papel, só e somente só para proteger o que veio sendo fragilizado e torturado a cada dia que se passou, a cada decepção que colocou o pé para eu cair e eu me segurei pelas paredes, mas não me deixei beijar o chão.

   Pensei em diversas maneiras de mostrar que a periferia também é classe social, assim como a burguesia cantada pelos automóveis modernos e as drogas caras. Mas que isso, falando de uma forma muito humana, não dita a personalidade e o caráter de cada um que ali habita. Em qualquer um dos territórios, dos pedaços de chão que seguram o riso do opressor e o sangue do oprimido.

   Pensei em contar sobre o passado prejulgado como berço de ouro, mas que na verdade dormiu no chão de terra batida. Pensei em contar sobre a piscina bonita que sempre fora uma bacia pequena demais para o sonho que se tinha. Pensei em contar sobre a avenida movimentada, conhecida, perto de tudo, que por muitos anos não passava de uma rua de barro que não passava ônibus e que em tempos de chuva o saneamento era pouco. Até pensei. Pensei em contar que a base é feita da criação. Que nada disso faz parte do reinado que fora dito pela boca bonita que encanta ao rimar, que nada disso faz parte do monopólio monetário que encobre tudo isso, tudo aquilo, todos nós. Que isso foi fruto do esforço, do armazém, do calor, do estudo, da força, da garra, da guerra.

   Pensei em contar que a periferia é definida como tudo aquilo que está ao redor, e que eu não vim dos lados, eu vim do fundo, do baixo, do poço sujo de lama sem água para beber. Contar que o coração ainda é uma boa arma apontada para a violência, que dar a mão não salva o mundo, mas salva alguém. Contar que rótulos e prejulgamentos são ladrões de oportunidades únicas e que eu não vim até aqui para deixar alguém chegar e tomar o que é meu. E que se você abre mão do racional, abre mão do risco, do tentar esta vez, eu sinto muito por você. A vida é um desafio, não é? Sozinho também se ganha.

   Pensei em contar que de todos os seus defeitos o maior deles é ver você se tornar quem nunca quis ser e quem não deveria, não poderia. Alguém que reprime o outro sem nem saber quem ele é, sua essência, sua ideologia, seu caráter. Gerar uma definição baseada no que se vê a olho nu, você nem estava lá quando toda a nudez que os olhos nus enxergam ainda era vestida e fora despida pelos desesperos da vida.

   Pensei em contar sobre muitos, sobre poucos, sobre outros, sobre tantos, pensei em te contar sobre quem somos e quem poderemos ser, mas é melhor não. Mentes fechadas não suportam minhas histórias longas  e cansativas. Fechadas a ponto de não aceitarem que o preconceito ainda vem de dentro de cada um, e que nesta situação, vem tanto de você que você não enxerga. Sabe por que? Porque é muito mais fácil observar o outro, que está bem ali na sua frente e esquece dia-a-dia de fazer seu próprio julgamento a respeito de si mesmo.

   Pensei em te contar sobre a cretinice da vida. Da minha, da sua, dos outros, mas me encantei tanto com seu perfume no meu casaco que preferi esperar uma outra oportunidade, que eu sei que não irá surgir.

   Vacilão.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

   Aí veio a vida e disse "acorda", me chacoalhando pelos ombros. ACORDA! Ela disse mais alto. Mostrou alguns problemas que só eu poderia resolver. As provas, as contas, o banco, os processos, as responsabilidades, as metas traçadas e as metas que precisavam de traços. ACORDA, BITCH! Ela gritou meio puta. Mostrou os exames de sangue, o ponteiro da balança subindo, o vestido descosturado, a bolsa falhada, o armário sem arroz, a geladeira sem queijo, o café sem açúcar.
   Veio a vida e sussurrou no pé do ouvido "seu urgente não é tão urgente assim, veja a realidade". Realidade. Defina "realidade", vida. Defina a realidade com as mãos vazias e um peito enfermo, defina, vida.
Ensine a fechar essa mão para não deixar mais nada escorrer por elas, ensine a segurar o que é meu e não deixar ninguém tomar... Deixou. Tomou. Será que quem perdeu fui eu?
   Veio a vida e arrumou o meu cabelo, lembrou que quem sofreu, sofreu porque mereceu e precisava aprender. Aprendeu. Enxugou meu rosto, escolheu a música que eu precisava ouvir e disse coisas que ninguém teria dialeto certo para dizer. "Você consegue!", num idioma que só a vida conhece porque foi ela quem fez para mim. "VOCÊ CONSEGUE, PORRA!", numa pressão que só a vida sabe o limite porque foi ela quem estipulou para mim.
   E eu querendo ser menos radiante para não ofuscar os seus olhinhos, perdi foi tempo.
"E agora, eu vou fazer virar com os meus... É real, o menino do morro virou deus."

terça-feira, 28 de maio de 2013

 Aí eu quero engolir a porra do mundo inteiro em uma golada só. Engasgo, fico sem ar, vomito e fico sem nada. A sede continua.

domingo, 19 de maio de 2013

  Poderia te convidar, mas não quero mais ninguém nesse meu mundinho melodramático. 

sábado, 18 de maio de 2013

   Eu NÃO AGUENTO MAIS sentir saudades!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

   Suponhamos que eu não me importe mais, que não sinta falta, que não recorde absolutamente tudo por absolutamente todo o tempo. Suponhamos que tudo vá mesmo dar certo um dia e que esse dia esteja próximo. Que a dor vai passar, a saudade vai aquetar e tudo vai ficar bem. Suponhamos...
   E você que acha mesmo que a vida é um livro, tome cuidado com o que escreve, não esqueça dos agradecimentos, de organizar os parágrafos, a fonte perfeita, uma capa linda, dura e impermeável. Escolha as cores que quiser, faça um arco-íris, cante para seu livro ouvir. Termine a história como e quando quiser... Ou tente. Livros são assim, o cara escolhe literalmente a dedo a próxima palavra,o próximo capítulo, a próxima etapa, o próximo verso. A vida é bem mais bonita e filhadaputa, meu amor.
   Dá vontade mesmo de pegar o primeiro avião com destino a felicidade, mas ninguém sabe onde ela habita, se esconde, descansa tanto que não quer mais trabalhar.
   Já pensou? "Mãe, vou nessa. Vou mudar o foco e fazer florescer jasmim nesse jardim escroto que eu nunca cultivei!"
Talvez ela não entendesse uma só palavra e me dispensasse, ajeitasse as malas, pedisse o endereço ou simplesmente me mandasse ir dormir porque "o meu mal é sono".
   Grande merda. Grande merda porque eu mais do que ninguém aprendi bem que fugir do que persegue não adianta, não deixa de perseguir - e uma hora cansa de fugir. Tem que encarar os fatos, rasgar as fotos, rir da própria desgraça e fazer parecer que a vida é bela porque, meu querido, ela é, viu? É que a beleza é coisa tosca, coisa pequena, escondida, só se vê direitinho quem quer mesmo encontrar.
   Queria muito, muito mesmo, que tudo desse certo. Será que um dia vai dar? Será que ISSO é o "dar certo" que eu tanto esperei? Será que esperei demais e me decepcionei? Será? Que merda.

terça-feira, 14 de maio de 2013

   Não precisa mais ligar, nem atender, nem dar as caras. Percebe como já não faz a diferença? Percebe como ainda perco o tempo para pensar em você e logo depois (sempre logo depois) eu percebo que deveria ter usado esse tempo para algo melhor?

   Não precisa mais ligar, nem atender, nem dar as caras. Percebe como eu tentei? Como pensei que podia ser? Podia dar certo? Nem lembro mais de você no dia-a-dia, nem me arrependo das coisas que falei.

   Quer saber? Você nem me faz rir tanto assim.-  Ou faz, mas não é o único. - E é importante salientar que eu não menti quando disse que sentia falta, eu menti quando disse que não me importava. Mas e daí? Você nem tem um abraço com tanto afago assim.

    Tudo bem se não ligar, se não atender, se não der as caras. Tudo bem mesmo. Aprendi a respeitar pessoas sem pernas, braços, cabelos. Não vai ser difícil respeitar você que não tem coração.

   Hahahaha. Tudo bem MESMO se você não der as caras. Sério. Mesmo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Só que não.










E leva de brinde um coração.














sexta-feira, 10 de maio de 2013


"Como era linda com seu ar namoradeiro
Até lhe chamavam menina das tranças pretas
 Pelo Chiado caminhava o dia inteiro 
Apregoando raminhos de violetas   
 Pelo Chiado caminhava o dia inteiro
Apregoando raminhos de violetas
E as meninas de alta roda que passavam 
Ficavam tristes ao olhar o seu cabelo 
Quando ela olhava com vergonha o disfarçavam 
E pouco a pouco todas deixaram crescê-lo 
Passaram dias e as meninas do Chiado 
Usavam tranças enfeitadas com violetas 
Todas gostavam do seu novo penteado 
E assim nasceu a moda das tranças pretas 
De violeteira já ninguém hoje tem esperança 
Deixou saudades foi-se embora e à tardinha 
Está o Chiado recheado de mil tranças 
Mas tranças pretas ninguém tem como ela as tinha."

quarta-feira, 8 de maio de 2013

  Cantar sobre o gueto sem nunca ter passado pelo gueto. Essência?
   Aí de repente você vai embora? Tão assim igual a todo mundo? Que merda.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

   Difícil viver com os sentimentos escancarados.

terça-feira, 30 de abril de 2013



  A gente espera na fila do banco, espera o filme começar no cinema. A gente espera a pizza no forno, o vinho gelar, o ônibus chegar. 
  A gente pode esperar a chuva passar, o táxi chegar, a festa começar, terminar, tocar nossa música predileta. Espera, espera, espera o garçom. A conta. O conto. A nota no sistema. A data do aniversário. A noite de Natal.
  A gente espera quando sabe quem vem, mas a gente tem que deixar ir quando sabe que vai. E aprender, aprender nessa porra dessa vida que a gente espera o troco, a conta da energia, o remédio fazer efeito, a encomenda chegar, o café esfriar, as unhas crescerem, o perfume acabar, a roupa secar, o freezer descongelar, a mudinha virar árvore, o salário no fim do mês, dar meia noite, a dor passar, o chiclete perder o sabor, o elevador, a atendente da telemarketing, o feijão no fogo, a descarga acabar, sorte, sol no domingo, que a pimenta não arda tanto assim, que o bolo não fique solado, um estranho sair do banheiro, que a bola de sinuca entre na caçapa, que o creme dental novo funcione, que o jogo acabe, que a embriaguez vá embora, a nova dose, o vinho virar vinagre, um e-mail, uma certeza, o pão quentinho, os carros passarem para atravessar a rua. A gente só não deve esperar nada das pessoas. Nada. Nunca.
   Pensar, pensar na rotina, que cansa mais, mas dói menos. Tentar usar palavras difíceis para dar beleza e não saber o que se diz. Falar, falar o que se pode, mas não se deve. Ouvir, ouvir o que se quer, mas sem querer cantar. Cantar, cantar o que gosta, mas sem saber dançar. Dançar, dançar como queira, mas sem querer parar. Parar, parar onde quiser, mas sem saber onde está. Estar, estar como gostaria, mas sempre insatisfeito. Pensar, pensar na rotina dos sonhos, na cerca branca, no jardim florido, no amanhecer ao lado de quem se quer.
Como é que diz o ditado? O que os olhos não vêem, o coração não sente, mas a mente multiplica por três?
  Tentando dar tempo ao tempo, eu só não quero esperar.
  Como diz a música mesmo? Te ver e não te querer é improvável, é impossível?

  É.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

          Vou mudar um tempo de endereço para ver se a saudade me deixa em paz
      Achar demais que mereço de tudo o que tenho, ainda algo mais.
                  Esperar que me estenda essa mão e não largue por qualquer pelejo
        Vou fechar meus olhos - em vão - e devorar por dentro o que há tempos não vejo
      Confundir meus joelhos achando que isso vai me tirar do lugar
Pedir outra dose de cana e cantar sem vergonha em uma mesa de bar
    Quero outros minutos, se puder
                           Quero outro tempo, o que vier
                                   Quero a melodia da voz bonita que me faz querer dançar
               Quero tanto, quero tudo, quero pouco, quero mais

   Quero só...



                                   Eu quero já!
Cansei de falar da chuva, ela me lembra - vagamente - a solidão.
   Finja que tudo vai ficar bem, uma hora vai ficar. Deixa esse medo para depois, deixa esse sono acumular. Pede mais uma cerveja, olha para mim, vamos conversar. Você já tomou banho de rio? Já dormiu na beira do mar?
  
   Levanta essa cabeça, todo mundo quer te ver. Tira o passado do bolso, tenta esquecer. Fala mais um pouco, eu quero te conhecer. Qual música você quer ouvir? Qual filme você quer ver?

   Pára de achar que nada mudou, que nada ficou, que o mundo não lhe pertence, que não vai conseguir, que vai desistir, que é melhor deixar para lá. Pára de ter medo do risco, da dúvida, da música nova, da chuva. Não tenha medo da chuva, meu amor! Deixa a chuva te molhar.

    Vem pra perto que eu não sou uma pessoa má, chega mais perto, mais um pouquinho. Eu quero te olhar de perto, olhar os poros, os olhos, o contorno do riso. Onde ele começa e onde ele termina. Quero saber mais do seu cheiro, do seu penteado, do seu frio, mas eu quero saber de perto, bem de perto.
   Quando eu acordo sorrindo é porque sonhei com você.

quarta-feira, 24 de abril de 2013



   Quando essa chuva cessar vai drenar a saudade? Essa vontade de abraço vai estiar e as lágrimas ficarão guardadas para o próximo inverno? Se essa chuva cessar, vai derrubar essa montanha de angústia que atrapalha a passagem?
   Quando o sol surgir vai florescer meu jardim? Clarear minha estrada, secar minhas roupas, meu rosto, minha alma?
   Eu dependo mesmo da chuva e do sol para ser, finalmente, livre dessas unhas pontudas que me perfuram por dentro? Sério isso, produção?
   Agora eu quero fazer tudo ao seu lado. Você preenche esse vazio de uma forma i n e x p l i c á v e l !

terça-feira, 23 de abril de 2013

    E quando você quiser descobrir quem sou sem rodeios, me leve para longe, me assista fugir das garras de um lugar que me prende, me puxa, me agarra e não me deixa respirar. 
Me lembra para que você veio, se não souber ao certo você pode ficar sem saber, só fica. Só fica porque o lugar é seu. Foi tudo culpa da festa, da moça falante, do destino, do vestido, da chuva, do hotel construído no seu quarto de dormir. Foi tudo culpa do acaso, dos movimentos inesperados e ousados demais para uma noite só.
    Eu chamo um garçom para te trazer mais uma cerveja e enfim lavar sua eterna boemia, a oitava saideira da saideira, trazer talvez o que restou de mim e que foi se espalhando a cada passo que eu dei e recolheram com uma vassoura tão suja de tantas ''eus'' que já entraram no mesmo lugar. Também aos pedaços, também sem escolha, também apostando todas as fichas em alguém que não se dispôs a prêmio de aposta.
Mas de qualquer forma, tome! Fique com esse pedacinho de mim. Fique com o meu olhar que não desgruda do seu riso e me dê o seu riso que cai muito bem em mim. Combina com meu perfume, minha sapatilha, meu anteontem, minha vida inteira.
  Poderia parecer fácil, bem mais fácil, o pior é que eu entendo você. Você tem medo de sinuca vazia, morro, tiro,  não vai ter medo de amar? Que machuca muito mais? Eu também tenho medo às vezes, mas vou te ensinar a acima do medo se ter a coragem, é ela quem coloca tudo para frente.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

  O perfume que não se vende e a rosa que não se rega.Um dia lindo que ninguém poderá pagar por isso, um sorriso de liberdade que a escuridão não vai ofuscar. Procura-se uma mão que seja macia simplesmente por ser, um andar que seja perfeito apenas por ir a algum lugar.
  Quem quer saber por que nada muda? Quem quer mudar algo para não se perguntar toda noite onde foi que errou? É preciso ter mais garra, ter mais fé, mais crença em si mesmo. É preciso ter mais esperança num amanhã de presente e cheio de mistério. Uma caixa de surpresas que ganha quem abrir.
  É preciso dar mais chances para a vida, para si mesmo. É preciso passar por cima de uma dor que machuca e lateja, mas que acostuma e cansa de doer. É preciso isso, passar por cima do que quer manter por baixo e somente assim as coisas farão melhor sentido.
  Quando eu olho para você eu penso em cinema, tomar sorvete, ouvir música boa na beira do mar. Talvez uma bebida, talvez um cigarro, bem talvez. Mas eu penso na lua, penso na lua virando sol e você ali rindo de alguma coisa qualquer.
  Parece precipitado demais, mas o hoje já é tão pequeno para esperar por um amanhã.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Porque dá para engolir a seco as traições pessoais, a ignorância, a falta de educação, a espera eterna. Dá para engolir a seco o sexo frágil, as verdades ditas e que machucam demais, os empurrões, a ausência, a ligação que sempre espera e nunca chega. A saudade, o milagre, o fim, o término, o para sempre... Dá para engolir a seco ... dá o caralho! A vida vai ensinar que há males que vêm para o bem!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

  É uma saudade que peca! Que está no coração errado, da pessoa errada, na hora errada.
Não se pode manipular o que você deixa lhe superar, nunca dá certo isso.Vá devagarinho, vá tomando espaço aos poucos, vá colocado um pé de cada vez, passo a passo e de repente você terá autonomia. Sobre o que? Sobre quem? Sobre você? Autonomia sobre você? Mesmo deixando a vida correr sem direção e você nem sequer segura na mão dela pedindo para te esperar? É claro que ela não vai esperar, mas tente. Sei lá, tente. Se ela não esperar, você corre atrás dela. Você chuta o pau da barraca e muda todos os planos, muda todas as direções e atira para qualquer lado. Doa a quem doer, ao pé da letra.
  É uma vontade que mata! Que traz o desejo errado, da pessoa errada, na hora errada.
Logo quem? Não pode ser.
  Não se pode manipular o que você deixa tomar conta do maior espaço e ficar com o quarto principal da casa, não dá para manipular quando você deixa ficar com todo o território enquanto você se conforma com a casinha do cachorro.
  Você já perdeu tempo demais, tempo quando se perde não se ganha outra vez. Ou faça valer a pena o que vier ou esqueça que você falhou.
  Faça a opção certa, julgue a opção que você acha mais correta, julgue aquela que lhe faz bem e fixe nela, escolha a melhor e se agarre à ela. Amarre-se à ela e mude de vez a sua vida fracassada para melhor. Escolha a opção certa, mesmo que essa opção não seja nenhuma das disponíveis. Disponibilize.

domingo, 17 de março de 2013

Trocando seis por meia dúzia e ainda lamentando por que a escolha certa soa errada.

quarta-feira, 13 de março de 2013

"Se não for por amor, me deixe aqui no chão."

sexta-feira, 8 de março de 2013

  Procurou no sofá o bebê que ainda nem falava, encontrou outro alguém, o mesmo bebê.
De repente a irmã mais nova cresceu demais e já pode caminhar com as próprias pernas. De repente ela sai sozinha, usa salto alto, conversa no celular.
  Seus amigos de guerra tomaram rumos distintos. Cada qual para o seu lado, cada qual com seu amor e na sua vida muita coisa não mudou.
  O tempo agora é inimigo da perdição, da traquinagem, do peão, da festa à noite. De repente não pedem mais sua identidade na compra do vinho da depressão, nem na banquinha do cigarro que aumenta muito mais que a própria inflação. 
  Você agora precisa pensar antes de agir, como assim? Você um dia tentou não magoar alguém e de repente percebe que simplesmente não magoa ultimamente pela força do hábito. 
  Seu coração se transformou em mil, mas ninguém viu.
  Seus amores não são mais amores e a sua parede nem é cheia de cores. É um preto no branco nem um pouco jovial, uns livros na estante que não ganhou de Natal. E os amores ainda não são mais amores e você nem sabe mais se isso machuca mais, machuca menos, ou nem machuca. 
  Não perde mais as chaves, o descolado usa cinto apertadinho e sapato social. Você já sabe para que veio, já sabe para onde vai, quem vai levar consigo, o mundo real.
  De repente não tem mais espinhas, fala sobre sexo abertamente, não bebe até vomitar, não entra em casa nas pontas dos pés. De repente você não entra em casa nas pontas dos pés, mas como assim? 
  O tempo agora é inimigo da diversão, da malandragem, do cochilo no meio da tarde e acordar no fim dela achando que é madrugada. Vestir a farda da escola correndo achando que vai perder o busão. 
  De repente você tem até habilitação.
  Acorda com despertador, esquece de tomar água no trabalho, sabe trocar pneu de carro, não leva bronca por comer doce na hora do jantar. No tempo livre você precisa estudar, na madrugada você não pode acordar, é menos tempo para a labuta seguinte.
  Paletó, gravata, sapato bem limpinhos e cadarços amarrados. Dentes escovados, cabelo penteado, a bola na dispensa. As chinelinhas que eram as traves do gol no meio da rua já nem cabem nos seus pés.
  De repente um fóssil. 
  

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


  Eu preciso deixar você, eu preciso. Já pensou se eu encontro alguém que me ame? Talvez que goste de futebol americano e converse comigo quando eu for contar sobre os jogos. Pode ser que não entenda absolutamente nada do ataque e da defesa, mas que se importe. Que um dia eu esteja toda suja de areia, cansada, treinando e ele apareça de surpresa para me olhar do banquinho. Que espere acabar, que me abrace mesmo que eu esteja suja e molhada e nada perfumada.
  Quem sabe alguém que saiba tocar violão e faça uma canção para mim? Já pensou? Uma canção feita pensando em mim! Eu lembro que você até comprou um violão, mas nunca aprendeu a tocar nada. Nada. 
  E se eu encontrar uma pessoa que sinta a minha falta, me ligue na madrugada para dizer que sonhou comigo, que ache legal eu lutar muay thai? Que queira entender das graduações e as cores dos kruangs e também que queira ir me ver treinar. Quem sabe?
 Alguém que me queira por perto, que queira ir comigo até onde eu for.
Até onde eu levar comigo.
 Eu preciso deixar você porque eu te amo demais, amo mesmo, mas não está mais fazendo bem e eu preciso cuidar de mim. Preciso seguir o meu caminho, sair do lugar, arrumar um emprego e conhecer pessoas que não me façam mal.      
 E se eu encontrar alguém que goste da cor do meu cabelo? Você nunca gostou. Pode ser alguém que me faça mais rir do que chorar. Parece difícil demais para você? Fazer com que eu ria mais do que chore? E se essa pessoa não mentir para mim? Em hipótese alguma? Se ela puxar a cadeira para eu sentar? Se ela cumprir com todo e qualquer acordo? Se ela FALAR? Se ela conversar comigo e perguntar e não aceitar e dizer e perguntar de novo e quiser saber e aonde vai e com quem anda e vá sim tome cuidado seja feliz cadê você eu te amo volta logo estou chegando não demoro a hora certa pontualidade...
 Se aparecer uma pessoa assim eu vou ter que deixá-la ir embora? Eu vou ter que deixá-la ir embora simplesmente porque eu passei a vida inteira procurando e então te encontrei e então passei tanto tempo a procurando em você? Eu nunca encontrei. Nunca encontrei e nunca vou encontrar. 
 Pode ser que ela nem exista e se existe pode ser que nem dê certo, mas eu quero ter o prazer de tentar. Tentar ser feliz de novo, meu amor.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

  Existem duas partes nesse mesmo processo. De um lado a vida escrita por um poeta, do outro o fracasso. De um lado a cidade coberta de pétalas de rosas no meio do outono, o perfume de lavanda na primavera enquanto do outro a cidade está coberta de chamas, de destruição.
  Abrir mão da primeira para resgatar alguém da segunda não parece a melhor opção, mas fique à vontade para tentar.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Até que tenta não amar, mas para quê?

A verdade é que eu queria encontrar outro igualzinho a você... em partes! Sem todos os seus defeitos, talvez com outros. É preciso inovar.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013



Não esquece de mim?
Não tem como não sentir saudades
Posso ouvir a sua voz no meu ouvido me fazendo rir
Sempre me fazendo rir
E sem olhar para trás eu posso ver o seu sorriso
Seus olhos piedosos de bom dia
Tão ali, me deixando ir
Porque precisa me deixar ir
Mal tem como não ligar
Saber do dia, se chegou bem
Posso ouvir sua voz bem perto me confortando
Sempre me confortando
Afrontando os meus medos
- Não tem ninguém aqui
Além de mim, além de ti
Não fique assim.
Não tem como não sentir saudades 
Você sempre vai embora
Prometendo um Volto Logo
Prometendo um abraço fraco
Porque precisa me deixar ir
Deixar de ir
Pode ficar
Ou me levar, se preferir.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013



  Quando se é jovem e sozinha qualquer estrela cadente encanta. Um dia aquele bicho chegou por lá, tão magro, tão viciado em pó, tão mal encarado. - Duvido você fazê-lo sorrir! - Apostavam os demais.
  Era adorável demais, meu deus. Chegava dizendo boa noite, se drogava um pouco mais, mal percebia minha presença, ia embora. Sempre assim.
  A namorada dele parecia com ele. Dizia um Boa Noite mais forte que o dele, nem reparei se ela fumava do mesmo baseado ou se chegava só para levá-lo embora. Ele sempre ia. Davam as mãos, era tão tradicional, tão natural. Era preciso desviar o olhar. Ele era tão bonito, tão gentil, tão grosseiro e sério e carrancudo e sombrio e com uma carcaça bonita e grossa e impenetrável que ninguém conseguia se aproximar demais do Eu lírico dele.
  Ganhou uns quilos, largou o pó, e aquele sorriso? Seria capaz de iluminar o blackout da madrugada, de iluminar todas as casas e ruas e bairros e cidades e países e planetas!
  A vontade que se tem é de ser um belo quadro e imenso pendurado na parede do quarto dele só para que ele possa olhar e admirar de alguma forma, uma maneira qualquer. Com aqueles olhos tão claros e intimidadores ou pode-se ser também qualquer outra coisa que se possa ouvir aquela voz tão sombria com o dialeto tão escroto.
  Ele nunca se importou, nem lembrava onde eu morava, nem o time que torcia, nem meu nome, meu telefone, apartamento, a idade, o curso, a banda preferida, se usava aparelho, se tinha piercing, que tatuagem é essa? Fiz há 5 anos, você já viu. Nem lembrava.
  De repente estamos no mesmo barco, na mesma situação, diante da mesma decisão, da mesma confusão, da mesma dúvida. Do será que valeu a pena? Por que não fiz isso antes? Será que perdi tempo?
A diferença é que ele acha mesmo que as mulheres são bestas, e eu lembro de Confúcio. Ele é lindo, lindo.
  Você quer esse bicho para você? Ele é lindo, tem um sorriso incrível, o penteado dele combina com o desenho do rosto. Torce pelo time errado, fala tosco, trabalha, estuda, tem um abraço confortante, passa segurança, apesar de ser um pouco frouxo. Ele é lindo, lindo, em mil aspectos. Tem um andar que encanta e um olhar que apaixona, mas ele nunca me viu, ele nunca me vê. Quer conhecer?
  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


  É bem possível dizer que esse é o melhor a se fazer, sempre há quem diga que é o certo, que vai doer, que vai passar, que vai lembrar e rir depois. Por favor, um pulo do gato para o último passo.
  Pode ser que nem lembre na manhã seguinte, que tenha tanta coisa para se fazer, tanto pensamento para organizar na mente e tanta, mas tanta coisa, tanto trabalho, tantos afazeres que nem deixe lembrar. Pedir água, paga a energia, quitar a água, o condomínio, fazer a feira, consertar o microondas, comprar um relógio novo, mudar tudo de lugar
 Bem provável que se lembre, mas nem tenha tempo de doer, só de rir. Algum dia, talvez. Quando talvez lembrar, talvez se importar. Bem talvez.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

  De repente passou um mês e você não fez pica nenhuma do que deveria fazer. Não arrumou o emprego, não emagreceu, não pintou o cabelo, não comprou frutas frescas. Você não leu o livro da estante que espera ser lido há meses, não pintou a parede do quarto, não trocou o forro da cama, não lavou seu tênis e nem sua mochila. Passou um mês inteiro e você nem sabe se ganhou ou perdeu tempo, se estava de férias ou de folga, se a praia estava cheia pela manhã.
  Vez ou outra pensa em comprar um vinho e se embriagar vendo um filme qualquer, aí desiste. Resolve então parar de fumar, aí acende um cigarro para planejar e parar de beber.
Vamos acampar! Enche o copo, acende o cigarro, deita no livro e não faz nada de novo. Mais um dia se foi e em breve será mais um mês passado, mais uns dias que você de novo não vai saber se ganhou ou se perdeu.
  E eu que sempre acreditei piamente na essência do ''amanhã''. Hahaha. Trinta ''amanhãs'' e eu não sei se ganhei, se perdi. Defina essência.

É que às vezes pensar em você me cansa.