sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Gostosuras ou Travessuras?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O homem.


Eu conheci um rapaz, bem educado, simplório, inteligente e fútil.
Conheci um outro, bem afortunado, bonito, sadio e burro.
Conheci um homem qualquer, trabalhador, batalhador, bem vestido e mal educado.
Um menino bonito, educado, bem vestido e preguiçoso.
Conheci uma garota, a melhor da classe, bonita, rica e falsa.
Uma outra que mentia o tempo inteiro apesar da boa saúde, do bom senso de humor e da falta do que fazer.
Conheci um pobretão que tinha um coração que mais valia milhões de pedras de Rubi, conheci um “filhinho-de-papai” que mal sabia andar sozinho por aí.
Conheci tanta gente, tanta gente de tanto jeito que... É, acho que vou comprar um cachorro.
Tem preço, mas também tem valor.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A graça que a vida tem.


Um certo dia te chamar de amiga era singelo demais, então num gesto de ternura em excesso, passei a te chamar de irmã. Entreguei-lhe afeto e eu posso garantir que amor e carinho nunca lhe foram escassos.
Você poderia ter dado mais valor, quem sabe? Eu realmente queria (e ainda quero) o seu bem.
Segurei-lhe a mão, falei tantas verdades e prometi muito ficar ao seu lado para sempre. Eu só esqueci que esse tal de para sempre não existe e é isso o que me assusta. Para sempre é tempo demais e nós não tínhamos e ainda não temos tempo para isso. Mas se este for o caso, eu o invento.
Eu acreditei nas suas palavras, quando me garantiu amizade verdadeira. Acreditei no seu sorriso, no seu abraço, acreditei no seu olhar que hoje eu percebo que sempre foi mestiço, acreditei em você e de repente tudo havia acabado. E nós mudamos de irmãs para estranhas, como nunca havia imaginado.
E às vezes eu me olho no espelho e vejo a mesma menina de ontem e de anteontem e viro para o lado e lá longe, eu te vejo mudando e mudando como um camaleão muda de cor.
Não é esquisito para você, não?
Sei lá, é esquisito para mim. Eu te vi ir embora pela porta da frente sem nem me dizer “bye bye’.
The bittersweet.
Eu sinto a sua falta, sabia? Sinto um cheiro que lembra você, vejo uma flor que me lembra você, mas há um orgulho nisso tudo que não me permite lhe dizer isso. Ou talvez um receio de ver que talvez você não seja a garota que eu sempre achei que fosse, ou que talvez você seja a mesma garota, mas com uma outra capa desta vez. Dispa-se, então. Você sem ela é muito mais bonita.
Nisso tudo eu não sei de quem foi a culpa, talvez tenhamos sido infantis a ponto de deixar tudo aquilo se perder por uma atitude boba de adolescentes sem noção. Talvez tenhamos nos deparado com o mundo batendo de frente com a gente que nos desesperamos tanto e resolvemos descontar as frustrações uma na outra, tavez não. Talvez tivesse mesmo que acontecer isso para explicar alguma pergunta futura, mesmo que isso continue sem ter nenhuma explicação.
Para ser bem sincera, também não sei porque nesta madrugada de quarta-feira eu estou aqui te escrevendo tantas palavras que para você não significam nada e para mim até significam, mas normalmente não me dou o trabalho. Hoje só queria dormir um pouco mais tranqüila, queria aliviar um tanto do que eu precisava lhe dizer mesmo que você não precise/não queira ouvir.
Você sabe como sou, me senti no direito e acima de tudo me senti na obrigação de vir aqui e dar satisfações da minha idéia, dar satisfações sobre o que aconteceu e contar tudo o que eu acho dessa história, explicar a minha versão. Apenas me senti neste dever por saber que nós éramos amigas de verdade e que não sei se de ambas as partes, mas ao menos da minha parte, tudo o que foi oferecido foi real, todo o sentimento reduzido em amizade, foi real, foi sincero, foi honesto até o último instante que eu tive o poder de chamar isso de irmandade.
Não falei isso tudo até aqui sem nenhum propósito, não falaria se não estivesse, de fato, sentindo que há algo errado nisto tudo. E confesso que a vontade de consertar já foi grande, mas ver-lhe incorporando outras almas não me atrai muito e vai desgastando e desgastando e desgastando... Falando sério, tem gente que pode até não parecer, mas não vale nem sequer um real. Toma cuidado, my sweet.
Mas na verdade, o que tanto quero lhe dizer é que eu sou a mesma garota que te abraçou e disse que ia ficar ao seu lado para sempre, a mesma que te ensinou aquela dança escrota, que te esperou chegar sentada no sofá, que se preocupou com você, que sentiu medo quando viu que você demorava a chegar. Que quis ser São Pedro para segurar a chuva até você passar, que quis ser alegria para nunca mais te ver chorar.
Sou a mesma garota que seguiu seus passos com o olhar até te perder de vista, que te ligou para desejar boa noite, que desejou você por perto para não se sentir sozinha, sou eu. A mesma.
A mesma que te fez sorrir, que te viu chorar, que te abraçou e prometeu que tudo daria certo, sim, ainda sou. A menina forte que ficou sem você e nem sequer escorregou, mas às vezes sente o peso do passado prejudicando a passagem dos sonhos.
Se um dia você precisar de algo, alguém, estarei aqui.
No mesmo endereço, mesmo telefone. E se não precisar, eu também estarei.
Apenas saiba que você NUNCA estará sozinha, e aprenda com os pontapés que a vida dá. Não troque amizade por “amizade”, não chore achando que não vai conseguir, não menospreze quem lhe oferece abraço, você bem sabe que um dia vai precisar de um deles, o mais sincero.
Cuide-se, apenas isso.
Apesar de que hoje eu e você somos ocultas uma para a outra, tempos atrás não éramos e é só por isso que ainda desejo um penhasco de alegria para você.
Sem mais delongas... “Bye bye.”

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vamos.

Vamos, vamos. Vamos ao supermercado fazer compras para rechear a sua casa nova, colocar a conversa em dia, rir com ternura como há tempos eu não fazia. Contar minha versão da história, sentar e assistir as pessoas serem, apenas serem. Vamos então entrar neste carro e cair no mundo, alimentar o nosso vício que é o de se sentir bem, apenas isso.
Estacionar as dores, os problemas, e tudo o que tiver de ruim na mala do carro. Contar como eu fiquei bem das dores que eu dizia tanto serem incuráveis e você me alisava dizendo que essa dor ia passar, passou.
Vamos, vamos. Vamos combinar para sair no final de semana, durante a semana, fazer um almoço, comprar peixe. Fazer sushi, mesmo sem saber. Vamos nos encontrar e colocar a fumaça em dia, contar como estou indo na escola e você no trabalho, explicar a minha ausência, perguntar sobre a sua e me esconder na sua bagagem quando você for viajar sozinho para um lugar muito longe.
Imaginar-te vendo golfinhos e baleias azuis e chorando na arquibancada porque como eu bem te conheço, você gostaria de compartilhar isso com alguém, gostaria de abraçar alguém e não tinha ninguém além de um povo estranho e que fala um idioma estranho.
Mas eu estava lá, você que não deve ter visto. Eu estava lá como eu estou contigo o tempo inteiro e em todo lugar e como você está comigo da mesma maneira.
Muito bom lhe ver, meu bom e eterno amigo.
Espero que nunca que esqueça que aonde quer que eu ou você estejamos, estarei sempre lhe esperando.
Eu te amo, como já lhe disse outra vez.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Queria eu que o amor fosse uma máscara que eu nunca usei. Querias tu também, eu bem sei.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dança Comigo?

Previsível.

Em um instante, em outro instante, eu até pensei em te esquecer. Como quando a gente tenta esquecer uma cena triste, ou tenta esquecer alguém que ama para não doer.

Eu até gostaria muito de lhe pedir para ficar. Mas ficar mesmo, tipo... NÃO ir. De maneira alguma, nem nos pensamentos. Não deu certo.

E agora eu assisto você atravessar a avenida, com as mãos nos bolsos, chutando amêndoas pelo chão e ouvindo música. Deve estar ouvindo Rammstein, você está viciado nos nazistas.

Olha para cima como quem olha se vai chover, mas do jeito que você é e eu conheço muito bem, deve mesmo é estar procurando um disco voador porque viu na tevê que eles existem de verdade. Muitxo não, viu?

De tanto olhar para cima esqueceu que a vida real é mais embaixo e acabou por esbarrar na velhinha e pediu desculpas, com a cara mais cínica. Ela lhe chamou de “filhodeumaputa” com um sorriso estampado no rosto, e você sorriu de volta e saiu andando, não estava ouvindo nada mesmo.

Andou em frente, virou à esquerda e desapareceu da minha visão.

Deve ter andado um pouco mais adiante, deve ter logo em seguida atravessado a pista desembestado e não ouviu as buzinadas dos carros, deve quase ter sido atropelado por uma bicicleta por tamanha falta de atenção. Andou mais um pouco, acendeu um cigarro, o último cigarro filho de mãe solteira com o zippo prateado mais bonito que eu já vi. Tem um abutre de um lado e do outro tem uma moto com relevância e o fogo não tem cor de fogo, tem cor de inferno. Agora sim, pode imaginar.

O Marlboro já amassado tirado do bolso do casaco acabou quebrando o galho até chegar na próxima banca de revistas. Chegou.

Você deve ter olhado a banca pelo menos duas vezes pelo lado de fora, com aquele ar de desconfiado que só você sabe ter até nas situações mais singelas. Deve ter tirado só um fone e falado um pouco mais alto que o normal, como se quem estivesse ouvindo música alta fosse a moça do caixa e não você. Pediu a carteira de Marlboro, pagou, pegou o troco, colocou o fone e foi direto para a casa do Fernando.

No mesmo ritmo, na mesma amêndoa, no mesmo bolso.

Chegando lá o vagabundo estava dormindo, mesmo cheio de trabalhos da faculdade para fazer. Então a mãe dele falou que você podia subir e acordá-lo enquanto ela ia tirar o bolo do forno. Você não ouviu, sorriu, subiu e jogou a bola de baseball na barriga dele como você sempre faz, por isso nem tira mais o fone. É mecânico. Ele acordou atordoado e lhe chamou de “filhodeumaputa” e novamente sem ouvir, você sorriu e jogou a calça jeans em cima dele dizendo “Apressa, porra!”. Finalmente tirou o fone. Conversaram umas besteiras, ele se vestiu, você chutou sem querer o copo que estava no chão e ele te chamou de idiota e ficou rindo.

Os dois saíram, sem comer bolo. Encontraram o Bruno e o Douglas já na praça e foram andar de bicicleta pela cidade. Tomaram açaí na praia o seu tinha pouco leite condensado, buscaram a Renata na escola e agora cada um deve estar em seu respectivo quarto vegetando na frente de seu respectivo computador. Falando muito sobre nada.

E eu continuo projetando suas 24 horas seguidas minuciosamente para tentar me encontrar em algum minuto, segundo, quarto de segundo, mas não.


Pessoal, por favor, deixem a garotinha morrer em paz.
http://www.fotolog.com/freedom_m/31963206


Eu amo a Jeh.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

E que mal lhe pergunte, mas já que você fez tanta questão de ficar com meu coração, o que você pretende fazer com ele agora?
Eu estou te vendo ir embora sem riscar o chão com giz, você vai se perder. Vai levar contigo o que me resta e então o que vai me restar além de nada?
Sério, acabou a brincadeira, volte aqui. Me devolva esta porcaria.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quando você está: O sol nasce, o sol se põe e o dia permanece lindo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008



Eu só quero que você saiba que é por você que vivo a sorrir.
Não me leve a mal, ainda não sei como chamam isso.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ex.


Ruas escuras, frio, deserto, sozinho...
E as pedras, os carros, as caras, a multidão...
O silêncio.
A vergonha alheia, o riso escasso, o excesso de riso
O rio vazio e o sonho devasso, o medo... o medo.
A dor de dente, pulmão em chamas, estômago embrulhado
E pedaços de coração marcando o caminho de volta para casa
E ainda assim eu me perdi, me encontrei no seu olhar.
A dúvida, a descoberta, a mentira, o cinismo
A chave que fecha, a porta que abre, o caminho sem tapete bonito para passar
A vontade de simplesmente não sair nunca mais de lá.
Eis aqui a noite da anfitriã
Da dançarina, da bailarina, da artesã
Da atriz principal, da semente sozinha, da sempre sozinha
Eis aqui o cansaço em palavras, a preocupação em pessoa e a fantasia que é sempre minha.
A nostálgica calada, a voz que entoa, eis aqui a senhora
A senhora da Dor, senhora do Amor, senhora do Rio de Lágrimas, aquele que não seca jamais.
Eis aqui o lírio, o lírio que cobre túmulos.
Eis aqui o sangue, o sangue que acorda mundos.
Eis aqui a amante, a eterna amante de um amor sem fim
Eis aqui a espera, a lua cheia, Jasmim, Iemanjá.
Eis o folclore, a tradição, o Boi Tatá.
Eis o desvio quando sozinho por ruas escuras, frias, desertas.
Só por medo de esbarrar pela milésima vez com você.

domingo, 12 de outubro de 2008

No topo de um precipício e eu viro pedra.



E antes quando você me chamava, eu ia. Mas eu percebi que é melhor abraçar a dor e te ver ir embora do que te ver ao meu lado sem nem existir. A dor um dia passa, ela sempre passa.
E não adianta mais me chamar, eu não vou mais. Estou cansada de deixar você tomar decisões se em nenhuma delas você decidiu me amar. Estou cansada de ver outra pessoa dançando nos seus olhos, ocupando aquele que eu gostaria que fosse o meu lugar, cansada de falar sozinha, de esperar por você que eu sei que não vai chegar.
Portanto, não adianta, não me chame mais, é perda de tempo.
A vida dá uma lição que não há livro que ensine, e a minha está cobrando pontos que eu deixei faltar.
Assim como deixei as flores a seco, os doces ao Deus dará e o meu amor foi dilatando e dilatando e agora tomou conta de mim por inteira e ainda aposta na hora que você vai chegar.
Não me cobre atenção, não me cobre paciência e os planos que montamos naquela tarde, esqueça-os.
Nada de descer o penhasco, nem de fogueira à noite na floresta, nem de escalar o penhasco no escuro, nada de me ver dançar, nada de me ligar, nada de sair para beber, nada de nada, eu não quero mais te ver. Eu quero enjoar de você, cansar da sua graça, do seu carisma, de você por inteiro. Mas eu não consigo! Mas ainda assim eu quero.
Eu quero não tocar no seu nome e quero que o mundo inteirinho não me faça lembrar de você, eu quero um silêncio eterno e que você morra para mim, MORRA e não seja salvo pelo gongo.
Não quero mais a sua voz ecoando no meu ouvido e nem me acordando de madrugada para falar mentiras, aliás... Não quero mais mentiras. Odeio essas garotinhas que só sabem foder com a minha vida.
Eu quero mais que você suma da minha vida, suma principalmente de mim. Suma para sempre porque eu preciso urgentemente esquecer você. URGENTEMENTE.
Não faça disso tudo algo mais difícil, apenas saia do meu caminho, pois eu estou realmente muito afim de passar. Mesmo que eu esteja sozinha.Tudo só porque você a ama. O coração é foda.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ela é linda.



(A princípio, IGNOREM a minha cara de otária na foto. Obrigada.)

Bom dia! - Falei.
Tudo o que ouvi nos primeiros segundos um tanto decepcionantes foi um silêncio profundo que ecoava a lixeira no canto da porta e o barulho inconstante do ar condicionado já um pouco derrotado graças ao tempo.
Desapontada, caminhei até a última cadeira da segunda fila da direita para esquerda para sentar. Antes de chegar na tal cadeira que me chamava sem voz, foi uma voz doce na segunda fila depois da minha que roubou a minha atenção:
Bom dia. - E a dona da voz doce baixou a cabeça com sinal de timidez.
Agradeci meio sem jeito, pois numa sala de aula do ensino médio só tinha uma garota educada. (Deve ser por isso que o Brasil não vai para a frente. *Cof cof*)
Os dias foram correndo lentamente, trocamos uma palavra, duas. A garota não mais me descia na garganta.
Sua conversa, seus "tiutis", suas manias impossíveis de ser controladas me apertavam os nervos com as pontas das unhas.
E um dia ela queria ir fazer compras, e não tinha nenhuma amiga chata para ir com ela. Para dar palpite, morrer de inveja da blusa charmosa e dizer que a deixou cinco quilos mais gorda e nem ter chiliques junto com ela quando visse aquele adesivo imenso escrito "50% de desconto".
Ela resolveu me chamar. Logo quem? A última opção, a estranha que chegava atrasada com cara de sono, a atrapalhada que tropeçava na cadeira e dizia "Porra! Ops, desculpe-me professor", a garota que odiava as musiquinhas do intervalo da escola e era expulsa da aula por estar estourando saquinho de flau "sem querer" no fundo da sala.
Nem eu acreditei quando respondi:
- Vamos.
- Como assim? - Alarmada.
- Eu-vou-contigo-às-compras. - Articulei.
- PERFEITO!
Não tinha como não se apaixonar por ela em algumas horas de convívio. Digo apaixonar pelo jeito, pelo carisma, pelos detalhes pequenos que os habitantes do mundo de ouro e prata que ela vivia não enxergavam em anos de convivência. (Sem lesbianismo, por favor.)
Desde então, essa mesma garota teve uma influência em minha vida que eu posso chamar de i-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l.
Eu vi a minha amiga deixar de ser menina para ser mulher, ela me viu chorar.
Quando estávamos juntas, o ambiente se enchia de cor, de borboletas azuis. Ela é incrível.
Já passamos por poucas e boas, nela eu encontrei o sentido da amizade sem colocar defeito algum. Foi um presente que a vida me deu e que depois das tantas e tantas voltas que o mundo deu até então, não conseguiu carregar para longe.
Sem desmerecer outras amizades, mas ela foi a primeira pessoa que eu confiei me jogar no fogo, colocar a mão era muito pouco.
Dividimos tantas dores, tantas mágoas, tantas experiências. Eu bem sei que ultimamente temos nos visto bem menos, mas só em saber que ela está logo ali e em saber que no ombro dela eu posso me apoiar, meu peito estufa de alegria e nada, eu disse NADA consegue atrapalhar o meu caminho.
Só vim aqui para dizer que quando penso nela, a única dor que ativa é a dor de não vê-la todos os dias. Every single day.
E eu quero deixar por escrito a minha gratidão á ela por ter feito da minha vida algo bom de se viver, depois dela eu passei a caminhar numa estrada e deixei a corda bamba de lado.
Ela me ensinou muita coisa, me deu forças para seguir em frente e me abraçou quando eu mais precisei de abraço. Peço-a que me perdoe se não fui boa o suficiente em algum instante ou se lhe fiz algo doer ou sei lá, apenas me perdoe. Eu a amo.
Não que eu não tenha mais amigos e que não os ame, mas ela foi a minha fiel companheira em todas as ocasiões e eu NUNCA vou esquecê-la, leia isso como JAMAIS.



P.S.: Eu a amo.





Para Sarah Gama*
E teve um cara escroto que falou uma vez:
"'Se não for para me fazer voar bem alto, nem tire meus pés do chão."
Será que agora o recado está dado?
Passar bem.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

E se eu pudesse me encontrar com o sol agorinha mesmo. Eu lhe daria 10 libras para nunca deixar de iluminar o seu caminho. Nunca.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eu quero amar sozinha.


Eu não quero que você me ame. O amor não se cria, não se planta, não se compra, não se pede por telefone com entrega rápida em domicílio, não se exige, não se implora, não se importa, não se exporta, não se impõe... O amor nasce. Nasce e não é possível evitar, não é possível abortar. O amor simplesmente chega, derruba tudo, toma conta do lugar e se o amor invadir, não há como ter sossego. Ele não te deixa dormir em paz, nem jantar em paz, nem sonhar em paz, nem sequer escovar os dentes em paz. O amor distorce a rotina, remonta o dia-a-dia e até uma pedra perdida na estrada vai ser bonita aos olhos de quem ama.
E não é nada, eu hoje só não estou muito disposta a ter que aturar suas dores por alguém que você ama quando este alguém não sou eu.
Hoje não.
Eu odeio ter que deixar algo para o dia seguinte por ter medo de talvez esse tal dia seguinte nunca chegar, mas se eu estiver sem você novamente, eu nem faço questão.
Então eu deixo para amanhã, tudo o que você quiser me dizer sobre o seu grande amor você pode me dizer hoje, agora, mas eu só quero entender amanhã, ou nunca.
Talvez se eu nunca entender, nunca mais me doa. Mas talvez.
Eu até tento ser clara contigo, às vezes crio uns labirintos para testar sua pressa, e você sempre sai a tempo.
Mas hoje, ao menos por hoje eu quero ficar presa nele. Quero me perder num projeto que eu mesma construí, quero não achar a saída, quero sentar encostada numa parede coberta de folhas verdes e rosas vermelhas e não saber para onde vai aquela estrada e nem saber qual é o caminho certo. Eu só quero ficar presa sozinha.
Quero deixar meu amor e meu sentimento sem nome do lado de fora do labirinto, quero não me apegar a você e nem às suas idiotices. Eu quero não me apegar a você, não se você não for se apegar a mim.
E o amor hoje arranhou o meu disco de vinil, fui ouvir minhas músicas antigas e não passava de “Meu amor, tudo em volta está deserto, tudo certo. Tudo certo como dois e dois são cinco." Ele, na verdade, só queria chamar um pouco a minha atenção.
E eu queria decepcionar e dizer que desta vez não.
Eu queria desapontar e dizer que desta vez eu não ouvi o amor me chamando em silêncio, mas eu desaponto a mim mesma quando vejo que não consigo me fazer de surda para este tipo de coisa.
Portanto, já que para você o amor que lhe sinto é nada mais, nada menos que uma página já lida de um belo livro do extraordinário (idolatro mesmo) Gabriel García Márquez, faça-me o favor de me esquecer.
Esquecer meu jeito "maneiro" de ser, esquecer que eu te faço sorrir, que eu gosto de você e que eu sinto a sua falta todos os dias que você não está.
Faz de conta que eu nem estou aqui, faz um esforço e faz de conta que eu nunca estive, que nós não nos conhecemos e que eu não te dei meu coração de presente embrulhado numa caixinha coberta com brilhantes, faz de conta que eu não existo, faz de conta.
Faz de conta e pára de insinuar que sou eu quem não sabe amar nisto tudo, nesta porra, neste caralho, eu sei. Sei mais do que muita gente, tanto quanto ou até mais que você, eu sei. Eu sei o quanto dói, então quando você me ver correndo em direção do nada, não me pare. Eu estarei tentando fazer com que o meu amor por você não me pegue novamente, isto é, se ele conseguir me largar para que eu possa fugir e chamar a sua atenção correndo feito louca sem direção. Puta que o pariu! É você quem não entende! Você.
Você quem não entende, é só a languidez de quem amou em silêncio.
E essa languidez eu conheço muito bem, ainda estou padecendo nela.
E enquanto não chego ao final, continuo lendo "Memórias de minhas putas Tristes" do tal esplêndido (o que eu idolatro mesmo) Gabriel García Márquez.
Hahaha, você não me vale nem uma pocilga, menina.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Eu moro onde você passa as férias".

quinta-feira, 2 de outubro de 2008


E meu coração limita-se à razão. Porra.




P.S.: Und Ich Liebe Dich.

A menina do vestido estampado.


Mariana Heck,


eu não sei porque, mas tive uma intensa vontade de lhe escrever o que talvez nunca tenha lhe dito, por timidez, quem sabe?
Mas se eu soubesse que você iria me fazer tão bem, teria lhe dirigido a palavra com mais pressa, com mais graça, com mais garra.
Você não me cansa, não me estressa, você não me tira do lugar. Fica ao meu lado, me diz o que pensa e eu que me vire para te interpretar e interpreto. Da melhor maneira ou da maneira que for eu sei o que você quer dizer mesmo quando finge que diz e não me diz absolutamente nada.
A vida foi bem justa quando deu uma rebordosa no mundo e me posicionou bem ao lado seu, foi bem justa quando me uniu a você e agora temos um elo que eu não quero nunca romper.
Eu te amo, com os boatos que as mentes férteis de crocodilos criam sem saber das conseqüências, com o medo de que você também vá embora, com sua impaciência, com sua irreverência e com as coisas erradas e inevitáveis que você faz/pensa/sente como amar quem não merece nem uma gotícula cuspida do seu amor que é de longe incrível e de perto um tanto quanto... Surreal.
Eu te amo, minha menina. Eu te amo porque depois de você eu aprendi N coisas sem que você percebesse, porque você me aceita com todos os meus defeitos e eu te vejo conversando com o passado e suportando esse presente e sem querer sair daqui. Eu te amo pelo seu esforço pelas coisas, pela sua boa vontade, pela sua perseverança, pela sua bondade que é tamanha a ponto de não caber neste corpo tão pequeno e sair por aí distribuindo afeto, e atingindo todo mundo que você encontrar.
Eu te amo, não que você seja perfeita, mas te amo pela perfeição que você me passa quando me faz sorrir sem se esforçar, você me faz bem, também me faz feliz e eu te amo porque foi isso o que eu sempre quis. Encontrar pessoas que me façam sentir falta e que façam meu presente valer a pena a ponto do ontem e do anteontem não me atingir tanto quanto o vazio do hoje.
Eu te amo porque você também me restou, ficou comigo na poeira da solidão. Não me largou e não me mentiu afeto, e eu morro de medo que o mundo tenha outra rebordosa e pare com brutalidade e afaste as nossas cadeiras.
Então me deixe prender-me a você, sem correntes, sem algemas, apenas com o coração.
E quando eu digo que te amo, eu digo porque sei que sem você muitas coisas perderiam o sentido. Quando eu digo que não quero que vá embora, eu digo porque sei a invasão de saudade que chega quando você não está e quando eu digo que vou estar ao seu lado para sempre, é porque mesmo com a parada brusca do ônibus chamado Mundo eu não vou nunca te perder de vista. E vou estar disposta a colocar minha pele a risco e meu coração no fogo por você.

Com amor... Zuicy.






quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Passo de dança.

E quando a dor já não mais me doía tanto assim, você teve a brilhante idéia de me aparecer com um sorriso de amanhecer. Eu ainda fechei os olhos e desejei acordar depressa, mas não era um sonho e o salão não era o meu quarto escuro, sem charme. Eu até falei que estava no caminho errado, mas minha voz virava música, eram notas musicais para todos os lados e você me chamou para dançar.

-Dá-me a honra de dançar contigo esta canção?
E éramos somente nós dois fazendo passos no salão e os meus pés quase não tocavam o chão, e eu via a minha dor que já não mais me doía tanto assim abrindo alas para a minha chegada e para a minha solidão, ia começar tudo outra vez. Over and over again.
Eram o silêncio profundo e a ternura eterna que iam me consumindo aos pouquinhos. Pedaço por pedaço de mim, pedacinho por pedacinho mal amado aqui dentro. Tudo consumido por um silêncio profundo, ternura e depois de umas notas musicais e uns passos a mais, consumido também de mágoas.
Aquela amargura que há tempos não queria nem sentir o cheiro, estava fervendo e borbulhando o meu sangue, a amargura que há tempos eu não queria nem sentir de qualquer maneira, estava fazendo de mim um pedaço usado. Eu era um ser inteiro em pedaços de aflição.
E foi para não me entregar de vez aos braços quentes do homem que por algum tempo foi para mim meu caminho proibido e de repente quase sem sentido abriu as portas, me jogou um tapete e me convidou para passar, que eu fugi de mim mesma e fui tentar encontrar a minha dor. Que me acompanhou por tanto tempo, me afastou da solidão escura e acabou por me lagar e me deixar semi-só no salão por acreditar que a música destrói qualquer dor. Mas a minha não, a minha era surda e não teria Bethoween ou Amadeus que a fizesse derreter e se misturar com as lágrimas já deitadas no chão prestes a afundar num vazio sem fim e ser também desfragmentada e transformada em uma gotinha pequena sem gosto, sem cheiro, sem cor e principalmente sem luz.
-Aonde você vai?
-Fugir de mim ou me encontrar, ainda não sei.
-Você sempre foge de si mesma quando se encontra em mim?
-Sempre.
Em instantes eu senti o chão que era frio a ponto de me subir pelo salto e gelar minhas pernas, derreter como flocos de neve dinamarquês no verão. O chão sumiu, o frio ficou...Ficou com medo. E eu fiquei com frio e com medo e com verão me corroendo o coração, me embrulhando o estômago e me atormentando o juízo. Eu o amava.
-Você não ia embora?
-Já fui, faz tempo.
-Não foi, te vejo.
-Não existo, não mais.
-Existe, é claro.
-Ainda me vê?
-E sinto.
E novamente éramos somente nós dois, sem saudades batendo à porta do salão, sem amor com medo da solidão. Só tinha amor procurando um lugar seguro para se esconder, além de mim, além dele, além de debaixo da mesa. Éramos nós dois nos mesclando com a ternura que se espalhava pelo ar, enquanto as estrelas faziam a festa no sistema solar, enquanto os pássaros posavam, mas não cansavam de voar, éramos nós, éramos nós, éramos apenas nós.
E ele me alterava em fração de segundo, coração ficava batendo a mil por minuto e quase nada de repente.
-Fique.
-Não.
E larguei o que me prendia ali mesmo. Corri pensando no que poderia acontecer se eu ficasse. E pensei tanto que quase não conseguia correr, meus pensamentos não cessavam e meu coração não queria mais ser o apogeu da minha dor – e que dor – enquanto eu conseguia fingir que estava sempre tudo muito bem. E se ele fosse embora para sempre como havia prometido? E se resolvesse ficar? E se não mais me amasse? E se fosse tudo uma grande e bonita mentira? E se não houvesse um final para que eu pudesse puxar minha poltrona, sentar e assistir? Eu não queria ver o final. Então corri, corri até perder o fôlego e quando quase não me restava oxigênio, eu voltei.
-Hey, espere. Estou aqui, de volta.
-Esbaforida. Para que tanta pressa?
-Para não lhe perder.
-Nunca, nem de vista.
-Eu te amo.
-Faz-me rir.
-Eu te amo.
-E se não der certo?
-Vai valer a pena da mesma maneira.
-Então façamos valer.
E depois de algum tempo, não tão simples como uma poema mal escrito, tudo isso não deu certo, mas valeu a pena.