quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Muita coisa muda um pouco e algumas coisas mudam demais. Alguns sorrisos pedem o brilho e outros nem me aparecem mais. Alguns abraços vão ficando cada vez mais vagos, mais folgados, alguns outros nem vão mais ficando.
Daí você percebe isso tudo e tem mais é que ficar calado e ainda tem que ouvir alguém “Qual foi? Que cara essa, brother?” e você tenta conversar, mas não dá mais tempo, ele já dobrou a esquina em busca de alguma qualquer outra coisa um pouco mais interessante que você.
A cabeça das pessoas é meio estranha, cada parte do cérebro parece que estragou, cada neurônio queimou com cada trago do cigarro e a coisa vai ficando cada vez pior, cada vez pior.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ele até que deu notícias.

O Pedrinho que havia ido para a reabilitação, dizendo temer voltar e os amigos de verdade deixá-lo de lado por ele não ser o mesmo, deu notícias. Pois dos tantos amigos que ele deixou por aqui, ele ligou para a Mariah. Falou que estava engordando para quando voltar “dar uns pegas nela”. Algumas decepções, Pedrinho, você tem que ver com seus próprios olhos. Mas e o Chico? Vocês são amigos há muitos anos, muitos anos. Nem um e-mail, ou “manda um abraço para o Chico”.
Não lembra mais? Manhã cedo e o Chico fazendo sanduíche de queijo qualho.
É, Pedrinho, às vezes a gente teme tanto uma coisa que acaba fazendo-a com outrem como defesa, quem sabe?
Ao menos faça tudo valer a pena, eu vi a sua mãe chorar, eu senti a sua mãe chorar enquanto me abraçava, Pedrinho. Faça mais que orgulhar seus pais, faça mais que orgulhar seus amigos. Se supera, Pedrinho. Orgulha a si mesmo, desfaz os obstáculos, se cura. Embora coisa ou outra venha a mudar, o que eu tanto queria eu já vi acontecer, agora o que vier é lucro. Fica bem.