segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cá estamos nós.


Oi, meu nome é Juciana, mas sou mais conhecida como "Jucy" ou "Suku", nomes de guerra. Hahaha.
Nasci em 10 maio de 1990, o que me faz ter 18 anos, 216 meses, algumas semanas e vários dias. E também me faz ser do signo de Touro, que pode ser resumido em ciumento, teimoso, e que se encaixam em partes em mim, o que não quer dizer que me descreva com perfeição.
Meus sapatos normalmente são cabíveis em formas de número 37, calças e afins, número 40, sou gorda, desculpa.
Tenho alergia à Dipirona e A.S., o que me impossibilita de tomar quase todos os remédios e quando estou doente, vejo a morte descer do ônibus. Sai, pobre. Se vem me matar, venha com classe.
Um amigo íntimo tem o costume de dizer que sou viciada em escrever, e não discordo. Faço isso quando estou em qualquer estado de espírito, principalmente nos mais ativos como tristeza ou alegria.
Pinto meus cabelos com uma freqüência um tanto incomum, não sou muito fã de cores, odeio discutir sem motivos, adoro confeito de canela, odeio comer com pressa.
Tenho alguns piercings, três tatuagens, um alargador e cabelo rosa, digamos que não sou um tipo típico de adolescente e nem o melhor exemplo para a família.
Ah, não vale ressaltar, mas tenho um histórico amoroso muito não amável, muito decadente.
Portanto, me dar rosas vermelhas com cartãozinho, mandar mensagem dizendo que me ama, usar o modelo de camisa que eu acho bonito e falar coisas bonitas não serão o suficiente para muita coisa, mas talvez um contato no MSN.
Sou decidida, adoro carne vermelha, portanto ser vegetariana está fora dos meus planos.
Adoro coca sem gás, cigarro com sorvete de limão e odeio álcool, e isso eu odeio ao extremo.
Sou heterossexual, embora muitas pessoas insistam no contrário, mas eu não me importo. Sou freqüentadora assídua de uma boate GLS (TÖΨ), sou solteira e odeio que me perguntem sobre mim.
Aquele ali sentado é o Stefano, com o fone no ouvido e provavelmente está ouvindo algum Psy Trance. Está quase sempre calado, quieto e quando toca Enjoy the Silence de Depeche Mode ou Becaming Insane de Infected Mushroom, ele me avisa.
Ele é carinhoso, e quando está entre amigos é bem comunicativo, risonho.
Gosta de suco de goiaba, de usar casacos e não gosta de futebol.
Está aos 17, nasceu em meados de 1991. Calça sapatos na forma 38 e sua calça também é neste tamanho.
Normalmente é chamado de Fun ou Ste, opto pelo primeiro apelido.
Ele é primo de um rapaz que é um grande amigo meu e só soube disso depois de meses e meses depois de ter-lhe conhecido. Ele não costuma sair muito de casa, mas é por falta de permissão.
Não sabe dançar, mas se esforça. É gentil, educado e afins, mas tira as próprias conclusões das pessoas, então não adianta fazer propaganda pessoal e nem do cara ao lado, ele não precisa disso.
Aliás, acho que não precisamos. Não temos mais idade para isso.
No mais, o que não foi dito nas linhas anteriores, é provavelmente o que você não precisa saber.
Mas e então, mais alguma coisa?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Desafio que eu insisto.

Antes que ele me lance o tal desafio que lhe desafiei me desafiar, cá estou eu com minha pressa infinita para iniciar minha "prova final". E esta, eu insisto.
Desta vez, não falarei sobre Amor, nem sobre Saudade, nem sobre qualquer coisa mimosa que você que está lendo agora imagina que irei escrever.
Escreverei sobre como algumas pessoas se acham no direito de julgar os demais pela aparência, pelo pouco (quase nada) que lhe conhecem. É, professor, você nem me conhece.
Portanto, gostaria apenas de deixar claro de alguma maneira, e essa foi a que escolhi porque sei que agora quem vai "rever as observações" não vai ser a Jucy aqui, a aluna irresponsável, que falta aulas e dorme nas quais está presente, quem vai rever é você.
Posso não ter as qualidades que algumas pessoas desejariam que eu tivesse, posso não ser uma profissional do vôlei, posso não ter o cabelo da cor que a nossa sociedade e seu ciclo social julgam como bonita ou comum, mas acredite, no quesito escrever, eu me garanto.
Contudo, nem você, nem outro professor e nem nenhuma outra pessoa tem o menor direito de chegar e insinuar que os textos não foram produzidos por mim.
Se você pode fazer melhor, pois que faça. Mas a minha produção, é minha produção e ninguém tem a minha autorização para colocar a mão, não tente.
A nota que você vai me dar pelo trabalho, valerá muito, mas valerá apenas no boletim escolar. A nota que vai realmente afetar em algo em mim, é a nota que eu dou para mim mesma, para minhas produções, para a minha qualidade, e se você quiser, considere como Egocentrismo ou como qualquer outra coisa que você queira chamar, mas a minha nota é muito, muito azul.
Passe a ver as pessoas como pessoas e não como manequins que ficam desfilando por aí, passe a acreditar que as pessoas simplesmente têm o poder de ser capaz, e eu sou, desculpa.
Portanto, quando você for exercer seu papel de juiz e sair por aí dando notas pelo que ACHA que é, lembre-se de mim, sou sua prova viva de que as aparências enganam.
A morte quero
Amor te quero
Amortequero
Amor te quero
A morte quero.

terça-feira, 20 de maio de 2008

De você.

E ela não pode gostar de você
Nem se apegar ao seu bem querer
Seu bem estar, sua graça
Não, ela não pode gostar de você.
E se tortura com o que o olhar fotografa
Sempre vê o que não quer vê
Porque ela não pode gostar de você.
Mas você a encanta, você a retribui
Com surpresas, abraços e palavra bonitas
Mentiras, mentiras e verdades pelas bordas
Se aproxima, se afasta, se aproxima de novo
Ela chegou tarde, bem tarde
Mas chegou há tempo.
Ela não pode gostar de você
Nem se apegar ao que não pode esquecer
Muito menos ao vestígio, ao passado
Ela só quer gostar de você.
Então ela tenta esquecer de lembrar de você
Tenta esconder as aparências, o transparecer
Você está nela e quando ela sorri, ela sorri você
Você. Ela não pode gostar de você.
O querer que você esteja perto, ela esconde
Tenta não gostar tanto de você.
E que vocês não se afastem
E tampouco dêem valor aos surtos dos loucos que rodeiam vocês
Os loucos que fingem que amam
E no fundo só querem ver a destruição.
Ela não pode gostar de você
Não pode gostar de você
Às vezes eu queria, queria mesmo que você não tivesse aparecido nunca
Tudo seria bem mais fácil para os dois
E mais mórbido também.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Manhã da lua.

Quando eu acordei naquela manhã, vi que estava amanhecendo numa manhã do tipo mórbida, do tipo de manhã que eu não queria acordar.
O sol raiva, mas não iluminava o meu mundo, a penumbra circulava e me cegava das coisas que eu não deveria, mas gostaria de enchergar.
Mas já está noite, e eu quero dormir, porque amanhã eu quero acordar sem espinhas, sem cabelo ressecado, com a sobrancelha feita e a depilação perfeita também.
Quero que amanhã seja uma manhã bonita, que mesmo que o sol não invada o meu quarto, meu mundo, eu possa me livrar desse mundo de fantasmas, de seres irreais que eu estou quase me acostumando a viver.
Eu devo ter cansado de toda aquela ladainha de lágrimas durante a noite e vontade de dormir para sempre na manhã seguinte, ladainha que é repetida nas segundas-feiras, terças, quartas, 5ªs, "VI's" e durante o final de semana ela descansa um pouco, porque todos os dias da semana é tenso, creio que não suportaria tanto peso nas costas.
E a lua está linda do ângulo que estou (se bem que de qualquer ângulo, ela é fantástica sempre), e o céu está sem nuvens pesadas, muitas estrelas festejando ao redor do satélite natural da Terra e é claro que aquela linda nostalgia sendo carregada para lá e para cá junto das moléculas de ar.
É uma noite pacata, finalmente uma noite desse tipo depois de tanto tempo, ela chegou.
E nessa noite eu quero dormir sorrindo, quero acordar sorrindo e com as unhas feitas, pintadas com um esmalte de um tom meio vermelho excêntrico, quero acordar com cachos no cabelo, com música bonita no quarto e principalmente com um salto alto estupendo ao lado da minha cama.
Quero que a manhã de amanhã seja distinta das demais manhãs, distintas a ponto de me fazer querer repeti-la, a ponto de me fazer querer acordá-la novamente.
E pode ser até que algo ou alguém estrague a noite de hoje, mas aquela lua, aquela lua que está ali no céu olhando pra mim e me chamando, não vai sair jamais da minha mente.
Portanto, eu ainda quero acordar amanhã de manhã. Não me deixe dormir por muito, por um longo tempo, de novo não.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ouça a minha vez de falar.

Quanto ao seu erro, serei eternamente grato. Diante das especulações sem sal e nem açúcar e das repreensões também sem gosto e sem cheiro, me fez perceber que nada além de mim para ser mais valioso que o mundo, meu caro e amado ser nem um pouco sublime.
Sei que demorei um tanto para acordar para o mundo, o mundo real. Demorei mais do que deveria demorar, mas acordei há tempo.
Tempo, talvez, para lhe alfinetar um pouco até que esvazie todo o balão de orgulho e superioridade que pesa sobre sua cabeça e não lhe deixa subir por ser pesado demais.
Portanto, minha pobre moça rica, que mesmo sem insistir invadiu meus sonhos e poemas que fazem o estilo “romance antigo”, não me venha com seu vestido decotado que tanto me chamava a atenção nem tampouco com o perfume que deixa rastro por onde passa, aquele que me fez seguir a sua direção tempos atrás. Sua sedução passou a ser fraca quando você se fez menor do que realmente é, sua sedução fajuta que não vale uma dose do meu wísque falsificado.
E o mundo continua a dar voltas, meu amor. Veja só se não sou eu, aquele que você tanto dizia que não era digno nem de atar os cordões de seus sapatinhos, quem está a lhe atirar neste mar de amargura e solidão, sem nem lhe erguer a mão para uma nova esperança. Aceite que desta vez, ao menos desta vez, você perdeu.
No entanto, seu sorriso não mais jacundo não irá fazer com que eu me renda, não desta vez
Fui fraco em outras noites, em outros tempos onde teimei em acreditar que sua pele macia quando em contato com minhas mãos tão frias fariam um casamento eterno, perfeito, não fez. E com certeza, não é agora que irão casar.
Contudo, abra alas para a minha opção um tanto quanto espontânea, pois não é lhe deixar o que quero de fato, mas também se quiser permanecer toda vestida em máscaras como está fazendo agora, não vai me incomodar, só vai me roubar tempo. Estou seguro que o que quero é não mais lhe querer, nem por um instante, nem por um segundo sequer, e veja como estou conseguindo.
À propósito, não há como haver nada mais belo nesta noite gélida e de lua cheia que o som que faz quando vejo suas máscaras indo de encontro com chão, se juntasse essas notas e as notas que saem das cordas de meu violino, eu poderia compor a mais bela sonata do último século, e juntaria com o soneto que fiz sobre o sono eterno e poderia ser lembrado nas serenatas para os enamorados, mas não.
Prefiro deixar-lhe recolher os cacos de nada que lhe foram derrubados, recolha seus pedaços de você também, pois o chão está muito frio, e além do mais acaba ocupando muito espaço.
Todavia, estou farto de seu olhar sonso e da sua voz que ecoa meu subconsciente quando o que eu mais quero é ouvir e prestar atenção no silêncio, você é minha ruína, minha cara ladra de corações.
Vamos, mova-se e tire seu corpo escultural da minha frente, deixe-o bem longe onde meus olhos não possam alcançar, sua imagem me cansa.
E, por favor, não me venha com súplicas sem escrúpulos que você é sempre tão acostumada a fazer, cansei também de encenar nessa sua peça teatral e de humor, não sou nenhum palhaço.


Ideologia sem lógica


Enquanto algumas pessoas preferem esperar o significado dos erros nas lágrimas que caem do céu, eu cansei de esperar.
Cansei também de ter que aturar ideologias sem lógica, discussões sem argumentos, de aturar redemoinhos de vinganças e constrangimentos e cansei principalmente de não cansar tanto assim das ladainhas que me tiram de foco.
Os conceitos de todas as coisas nos últimos tempos estão indo de mal à pior, nada de estudos e nem de regras, muito menos de leis cumpridas, o mundo está ao “deus dará”, como já diria o meu avô.
E o cansaço não é o que mais me incomoda, e sim o fato de mover tantas palhas e não mudar nada do lugar, nem um erro, nem uma desculpa, nem um tempo para pensar.
Enquanto outras pessoas sentam-se em suas respectivas redes e ouvem a música do momento, prefiro tentar entender porque Chico Buarque saiu de moda, porque Vinícius de Moraes não chama mais a atenção e porque as peças de teatro ficam cada vez mais fúteis, Shakespeare se envergonharia de “Cócegas”.
E enquanto tudo isso acontece, enquanto o mundo desaba sobre as cabeças dos mundanos, a chuva desaba sobre o mundo que conseqüentemente desaba sobre as cabeças dos mundanos que estão tão preocupados com as coisas sem sentido e não percebem a dádiva, vinda do céu.
E o convívio me atinge, o ciclo me isola e cá estou eu caindo nas garras das ideologias sem lógica, preciso largar essa vida e você deveria fazer o mesmo.
“Cem anos de solidão” de Gabriel García ainda está nas lojas, comprem, leiam e gozem da boa leitura.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Conflitos de uma nora era.

De acordo com uma pesquisa feita entre poetas e músicos, homens e mulheres, moças e rapazes, humanos e desumanos, humanos e suburbanos, humanos e humanos, a vida, de fato, não significa o que deveria significar.
Todas as coisas estão perdendo o sentido, a direção, inclusive as balas.
As balas quando saem em disparada das armas enferrujadas seguradas por rapazes de 12-13 anos e pais de família que juram de pés juntos que são pessoas honestas e fizeram aquilo por comida.
Mas, por favor! Essa filosofia de vida de tirar de quem mais tem só porque tem pouco, não tem cabimento algum. Só Hobbin Hood foi chamado de herói depois de ter feito isso, mesmo assim ninguém mais dá a mínima atenção para ele. E vale ressaltar que quando ele tirava dos ricos para dar aos pobres lá pela época medieval, ele não saía atirando com uma arma 762 aleatoriamente e atingindo quem estivesse pela frente e tivessem ou não alguma culpa no cartório.
O óbvio descreve perfeição, pois está aos nossos olhos e não queremos enxergar, pois é óbvio que quem tem mais, tem porque teve todo um esforço por trás de toda a glória, teve um suor derramado e molhando as beiradas dessas vitórias, dessas realizações. Então eu acho um tanto quanto injusto chegar um cara que não se deu ao trabalho nem ao menos de completar o segundo grau da escola, apontar uma arma para um homem já formado, atrasado para a reunião que deveria acontecer depois do almoço, dizer “Mãos para o alto, isso é um assalto!”, levar-lhe seu Iphone, celular e coisas que custaram muito mais caro que aquela mísera arma que não valeu mais que um papelote de maconha e sair caminhando pela rua como se nada houvesse acontecido. Isso quando o doutor lá não nega o celular por não poder perder o chip, e ganha um tiro no meio da testa e acaba por perder a vida.
Tudo por um chip, uma tecnologia menor que um chiclete que carrega todo um esquema de trabalhos e horas de cansaço dentro dele.
Na verdade, tudo porque alguns milhões de brasileiros quando chegaram nas urnas para votar, votaram na opção errada. Se bem que fica até complicado julgar os eleitores quando as opções e “nada” estão no mesmo parâmetro de qualidade: Zero.
Tudo porque a ganância está tomando conta do mundo, das pessoas, da maioria das pessoas, de muitas das pessoas, de cada uma das pessoas que passam a preferir a quantidade e deixar a qualidade de lado.
De acordo com uma pesquisa feita entre estudantes e adolescentes, os garotos preferem um vídeo game a um bom livro de Álvares de Azevedo, as garotas preferem uma bolsa “super escândalo” a um bom livro de Clarice Lispector. Entre senhores e senhoras, os senhores preferem uma boa flauta, um charuto aceso. Elas preferem muito mais um livro qualquer ao jornal do dia que não traz poesia e nem cultura alguma, só tragédia.
Entre escritores e leitores, os escritores preferem a realidade suja e crua para passar para o papel, e os leitores preferem a realidade linda e nua a qualquer outra coisa.
Então, por favor, meninos e meninas, vamos parar de ler Capricho e escrever comentários no fotolog da Marimoon, há coisas muito valiosas para tomar o nosso tempo, como as obras de Machado de Assis, Shakespeare, Gabriel García, Mário Quintana e tantos outros.

Construção de outra vida


- Se você fosse uma casa, onde gostaria de ser construída?
- No topo de uma rocha, a rocha mais alta, mais bonita, de frente para o mar.
Gostaria de ser construída lá no alto, onde eu pudesse ouvir o canto dos pássaros sem que buzinas intrometidas interferissem, onde pudesse sentir as gaivotas passando voando sobre minha cabeça e posassem na minha cadeira impermeável, onde as ondas do mar que batessem nos pés da minha rocha fizessem um barulho tão alto e bonito que eu pudesse ouvir lá de cima e interpretasse como uma canção de ninar, seria a minha canção de todas as noites.
As ondas menores batendo nas pedras fariam o back vocal e eu seria a bailarina, de braços abertos sem medo de cair. A altura não seria maior que a dor aqui de dentro. Acordaria pela manhã e abriria a janela, veria o sol nascer e quando ele fosse se pôr eu gostaria de estar lendo um livro, tomando um chá, ou no mínimo desligando a tevê.
Gostaria de ser uma casa de vidro, onde pudesse ver o dia e a noite passando por mim tão lentamente quanto o câncer que me mata aos poucos, bem aos poucos. Minhas portas não teriam chaves, e para chegar lá em cima só precisaria apertar um botão, se fosse você, é claro. Se fosse qualquer outra pessoa, teria que se acostumar com a vista pequena lá de baixo, com a altura que deixa qualquer um tonto, lá de cima seria uma das minhas diversões. Na minha casa nem teria chaminé, os papais-noéis não alcançariam e a fumaça dela ia se difundir no espaço, e eu continuaria a ler meu livro e tomar meu chá.
Se eu fosse essa casa, ela seria repleta de quartos vazios, de salas de estar cheias de almofadas e ninguém, eu disse: Ninguém seria capaz de tomá-la de mim, pois ela seria inteiramente sua. Da porta de entrada até a porta dos fundos.
Seria a casa solitária mais que já poderia ter sido construída, sim, seria eu.
Só e forte, turbulência nenhuma a tiraria do lugar,a desceria um degrau sequer.
No Natal seria toda iluminada, cada metro quadrado teria uma luz, poderia até ser atração para a cidade, mas eu não me importaria se não fosse atração para você. Eu gostaria de ser essa casa.
- Pois é, então apresento-lhe, minha cara Casa. Mais um degrau que o Amor nos tira, da escada que parece ser sem fim. Você não teria artérias, nem pulsaria o tempo inteiro, mas eu sei exatamente quem você abrigaria lá dentro.
- E ainda seria um abrigo eterno.