segunda-feira, 12 de maio de 2008

Conflitos de uma nora era.

De acordo com uma pesquisa feita entre poetas e músicos, homens e mulheres, moças e rapazes, humanos e desumanos, humanos e suburbanos, humanos e humanos, a vida, de fato, não significa o que deveria significar.
Todas as coisas estão perdendo o sentido, a direção, inclusive as balas.
As balas quando saem em disparada das armas enferrujadas seguradas por rapazes de 12-13 anos e pais de família que juram de pés juntos que são pessoas honestas e fizeram aquilo por comida.
Mas, por favor! Essa filosofia de vida de tirar de quem mais tem só porque tem pouco, não tem cabimento algum. Só Hobbin Hood foi chamado de herói depois de ter feito isso, mesmo assim ninguém mais dá a mínima atenção para ele. E vale ressaltar que quando ele tirava dos ricos para dar aos pobres lá pela época medieval, ele não saía atirando com uma arma 762 aleatoriamente e atingindo quem estivesse pela frente e tivessem ou não alguma culpa no cartório.
O óbvio descreve perfeição, pois está aos nossos olhos e não queremos enxergar, pois é óbvio que quem tem mais, tem porque teve todo um esforço por trás de toda a glória, teve um suor derramado e molhando as beiradas dessas vitórias, dessas realizações. Então eu acho um tanto quanto injusto chegar um cara que não se deu ao trabalho nem ao menos de completar o segundo grau da escola, apontar uma arma para um homem já formado, atrasado para a reunião que deveria acontecer depois do almoço, dizer “Mãos para o alto, isso é um assalto!”, levar-lhe seu Iphone, celular e coisas que custaram muito mais caro que aquela mísera arma que não valeu mais que um papelote de maconha e sair caminhando pela rua como se nada houvesse acontecido. Isso quando o doutor lá não nega o celular por não poder perder o chip, e ganha um tiro no meio da testa e acaba por perder a vida.
Tudo por um chip, uma tecnologia menor que um chiclete que carrega todo um esquema de trabalhos e horas de cansaço dentro dele.
Na verdade, tudo porque alguns milhões de brasileiros quando chegaram nas urnas para votar, votaram na opção errada. Se bem que fica até complicado julgar os eleitores quando as opções e “nada” estão no mesmo parâmetro de qualidade: Zero.
Tudo porque a ganância está tomando conta do mundo, das pessoas, da maioria das pessoas, de muitas das pessoas, de cada uma das pessoas que passam a preferir a quantidade e deixar a qualidade de lado.
De acordo com uma pesquisa feita entre estudantes e adolescentes, os garotos preferem um vídeo game a um bom livro de Álvares de Azevedo, as garotas preferem uma bolsa “super escândalo” a um bom livro de Clarice Lispector. Entre senhores e senhoras, os senhores preferem uma boa flauta, um charuto aceso. Elas preferem muito mais um livro qualquer ao jornal do dia que não traz poesia e nem cultura alguma, só tragédia.
Entre escritores e leitores, os escritores preferem a realidade suja e crua para passar para o papel, e os leitores preferem a realidade linda e nua a qualquer outra coisa.
Então, por favor, meninos e meninas, vamos parar de ler Capricho e escrever comentários no fotolog da Marimoon, há coisas muito valiosas para tomar o nosso tempo, como as obras de Machado de Assis, Shakespeare, Gabriel García, Mário Quintana e tantos outros.

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