terça-feira, 20 de maio de 2008

De você.

E ela não pode gostar de você
Nem se apegar ao seu bem querer
Seu bem estar, sua graça
Não, ela não pode gostar de você.
E se tortura com o que o olhar fotografa
Sempre vê o que não quer vê
Porque ela não pode gostar de você.
Mas você a encanta, você a retribui
Com surpresas, abraços e palavra bonitas
Mentiras, mentiras e verdades pelas bordas
Se aproxima, se afasta, se aproxima de novo
Ela chegou tarde, bem tarde
Mas chegou há tempo.
Ela não pode gostar de você
Nem se apegar ao que não pode esquecer
Muito menos ao vestígio, ao passado
Ela só quer gostar de você.
Então ela tenta esquecer de lembrar de você
Tenta esconder as aparências, o transparecer
Você está nela e quando ela sorri, ela sorri você
Você. Ela não pode gostar de você.
O querer que você esteja perto, ela esconde
Tenta não gostar tanto de você.
E que vocês não se afastem
E tampouco dêem valor aos surtos dos loucos que rodeiam vocês
Os loucos que fingem que amam
E no fundo só querem ver a destruição.
Ela não pode gostar de você
Não pode gostar de você
Às vezes eu queria, queria mesmo que você não tivesse aparecido nunca
Tudo seria bem mais fácil para os dois
E mais mórbido também.

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