quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

É tão engraçado saber que aquela doentinha ainda rouba meus versos, meus textos e diz para ele como se ela tivesse escrito. Minha diversão da madrugada.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


- Jucy, não quero mais sua presença, nem ver a tua cara e nem pensar em esbarrar contigo, tampouco cogitar a tua existência, obrigado.

Seria bem mais honesto se me falastes assim, doeria menos. Menos que esse silêncio mórbido entre eu e tu, que impede, bloqueia chamar de nós.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


Eu não quero chegar aqui e falar só por falar, quero falar por precisar falar. E eu preciso falar agora: Eu estou cansada de não querer mais falar, morrer em silêncio.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristeza vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou a minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate
E eu Gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Eu corro, fujo dessa sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você ."

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Maysa disse:

"Todos acham que eu falo demais e que ando bebendo demais, que essa vida agitada não serve pra nada!
Andar por aí, bar em bar, bar em bar... Dizem até que ando rindo demais! E que conto anedotas demais! Que não largo o cigarro e dirijo meu carro correndo, chegando no mesmo lugar. Ninguém sabe é que isso acontece porque vou passar minha vida esquecendo você. E a razão porque vivo esses dias banais é porque ando triste, muito triste demais e é por isso que eu falo demais, e é por isso que eu bebo demais e a razão porque vivo essa vida agitada demais. É porque o meu amor por você é imenso. É porque o meu amor por você é tão grande. É porque o meu amor por você é enorme ... Demais".

(Maysa Matarazzo)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Rá.

Francamente, francamente, nada disso tudo faz sentido
Nem os telefonemas, nem os olhares mais para lá do que para cá.
Eu sou menina moça que cansou de esperar na janela
Francamente, querido, já vi meu mundo em ruínas
Eu sou menina moça sem paciência de Jó.
E quero muito ver tudo isso fazer sentido, tanto as ligações teimosas
Quanto os olhares desnorteados que tentam me mostrar algo fora do meu alcance
Portanto o jogo é meu, as cartas são minhas
E enquanto o meu coração bater, quem manda nesta porra sou eu.
Eu.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eu não falei, mas...

Ele mora em um bosque que se chama Solidão.












"Se esta rua, se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Para o meu, para o meu amor passar.
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração.
- Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também.
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque eu te quero bem."

(Heitor Villa Lobos)

Perdeu-se na curva do horizonte


Eu quero muito te encontrar esta noite, já fui no outro lado do lago, lá por trás das árvores que choram dias e noites sem parar até encher um rio. Nas pedras que protegem as lágrimas, no frio que aquece o medo, no olhar que vai depressa para um foco certeiro e se perde no caminho, desvia a direção. Procurei no inferno, no meu inferno particular. Segui o caminho das estrelas, a fumaça do café, o cheiro da solidão que vai e vem na minha rua me chamando para dançar. Eu dancei, dancei e não te encontrei na melodia, nem no salão, nem na bola de espelhos que refletia meus novos brincos. Amor, por trás de qual roseira você se escondeu?
Essa noite eu saí andando seguindo os pássaros que voavam mais baixo, eles sumiram na imensidão. Então a brisa leve e gélida passou por mim e tentou me levar com ela às pressas, resisti e por curiosidade fui seguindo e seguindo e acabei chegando em lugar nenhum.
Amor, por trás de qual voz aveludada você deitou e não quis mais levantar?
Procurei quase a noite inteira, nos desejos assassinados e jogados pelas janelas dos prédios mais bonitos, procurei nos copos de álcool que os adolescentes viravam na praça, procurei na garagem de casa, na caixa dos correios, nos lugares mais inusitados. Nos vinis na minha estante, nas fantasias esquecidas no meu guarda-roupa, procurei onde você nem sequer cabia.
Amor, dentro de qual buraco de fechadura você se escondeu?
Nem pelo alto das árvores você passou e em nenhum corredor esqueceu seu perfume, não estava nas casas de xangô, nem em nenhuma danceteria, nem embaixo da minha cama e tampouco esparramado no meu sofá. Você não estava, não estava, e quantas vezes mais você não vai estar?
Não estava dentro de nenhum dos meus livros, nem revistas, nem nos álbuns com fotos antigas.
Amor, em qual capítulo rasgado você se jogou?
Ou prendeu-se a uma ilusão qualquer e sumiu em busca do paraíso? Talvez tenha se perdido no alarme da madrugada, no caos, na tragédia, isso, talvez tenha se perdido na destruição.
Pois procurei no meu futuro e não te encontrei, enquanto o meu passado está cheio de você
Ou talvez você não tenha sumido como tentei me convencer a noite inteira, talvez simplesmente tenha ido embora.
Você simplesmente foi embora, entendi.
Entendi a ausência, a falta de conversa, falta de abraços e risos limitados, por que você não me falou?
Não tem problema, amor, não tem problema.
E se horizonte só tem um, você divide em dois, e no segundo tem curvas nas quais você não consegue se encontrar. Sei qual horizonte sem cor você decidiu seguir e desta vez eu não vou mais te procurar com cores. Eu só queria te ver. Portanto vou dormir, vou dormir para em último te encontrar esta noite, nos sonhos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Nunca se esqueça nem um segundo que eu tenho amor maior que o mundo. Como é grande o meu amor por você."

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vênus + Vênus. Marte + Marte. S2


Deixa-me lhe assistir dormir, menino, deixa sem nem precisar mais pedir. Acompanhar seu sonho com o olhar e não perder de vista, mas perder as pontinhas de meus dedos em seus cabelos, e me perder em tiras no delírio do teu mesmo sonho para sempre dogmático, o sonho que nenhuma moça será capaz de despertar. Desperte-se. Quem se importa o que foi dito por aquele rapaz, ele também mentiu. Então se tem o livre arbítrio, use-o. E, menino, deixa-me te abraçar por qualquer tempo que seja. Um segundo, dois, eternamente sem cessar, e assim quem sabe adormecer a dor colossal que quase não me deixa respirar, e que à noite puxa meus cabelos com as pontas dos dedos. Como se estivesse desenrolando um carretel de lã, puxando sem nem ter medo de pocar. Tec.
Então deixa, menino, me deixa passar um minuto a mais com você. Tic tac...
Mais um, mais outro, outra volta no relógio que não pára nunca... Meia volta, quatro voltas, um minuto apenas, só um.
E por um minuto não ter vontade de deitar e sumir para dentro do colchão, nem me esconder em um buraco no chão e criar um túnel e reaparecer em uma cidade bonita e distante, onde ninguém saiba que a dor que eu carrego no peito é maior do que eu.
E até parece, é quase uma vã ilusão, mas por um minuto nem pensar em morrer e o tempo inteiro morrer, mas morrer de medo de lhe perder nem que seja um pedaço bem minúsculo do tamanho de uma célula. Um pedaço de você invisível a olho nu.
Menino, acorda.
O dia está nascendo mais bonito que nas demais madrugadas, o sol está ansioso para te ver, pois é a sua presença que entoa o canto da calada da noite e sem ela, as demais noites não virão.
Menino, meu menino, eu mal sei onde me esconder quando a solidão me encontra, então sempre invento de pegar papel e caneta e te escrever uma carta, dessas que a gente nunca manda, dessas que ninguém nunca lê, a menos que me olhe bem fundo nos olhos, mas você não tem tempo, pela milésima vez.
E eu te amo, nas noites caladas, no céu sem estrela, na madrugada sem fim, nas unhas ainda sujas de sangue, no rosto encharcado de dor, na dor encharcada de lágrima, na lágrima encharcada de amor.
Eu te amo no reboliço do coqueiro, na dança das palavras, na melodia do silêncio e na poesia que nem rima, na biografia que nem conta, na matemática que nem é exatamente correta, te amo nas ruas que só vão, não voltam.
Na grosseria, no perdão, no orgulho ferido e no orgulho que consome o tempo inteiro o medo, o medo, eu te amo no medo.
Eu te amo nas mangas, nas uvas, nas bebidas sem álcool e também nas com álcool, te amo nas mentiras e na raiva que sinto quando finjo estar tudo bem, ainda assim eu te amo.
Na luz que apaga, na estrela que acende, na porta que abre, na alegria cadente, eu te amo onde você quiser que eu te ame, e por favor, fique aqui.