segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vamos.

Vamos, vamos. Vamos ao supermercado fazer compras para rechear a sua casa nova, colocar a conversa em dia, rir com ternura como há tempos eu não fazia. Contar minha versão da história, sentar e assistir as pessoas serem, apenas serem. Vamos então entrar neste carro e cair no mundo, alimentar o nosso vício que é o de se sentir bem, apenas isso.
Estacionar as dores, os problemas, e tudo o que tiver de ruim na mala do carro. Contar como eu fiquei bem das dores que eu dizia tanto serem incuráveis e você me alisava dizendo que essa dor ia passar, passou.
Vamos, vamos. Vamos combinar para sair no final de semana, durante a semana, fazer um almoço, comprar peixe. Fazer sushi, mesmo sem saber. Vamos nos encontrar e colocar a fumaça em dia, contar como estou indo na escola e você no trabalho, explicar a minha ausência, perguntar sobre a sua e me esconder na sua bagagem quando você for viajar sozinho para um lugar muito longe.
Imaginar-te vendo golfinhos e baleias azuis e chorando na arquibancada porque como eu bem te conheço, você gostaria de compartilhar isso com alguém, gostaria de abraçar alguém e não tinha ninguém além de um povo estranho e que fala um idioma estranho.
Mas eu estava lá, você que não deve ter visto. Eu estava lá como eu estou contigo o tempo inteiro e em todo lugar e como você está comigo da mesma maneira.
Muito bom lhe ver, meu bom e eterno amigo.
Espero que nunca que esqueça que aonde quer que eu ou você estejamos, estarei sempre lhe esperando.
Eu te amo, como já lhe disse outra vez.

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