sábado, 6 de dezembro de 2008

Me deixa te deixar, me deixa.


Me deixa ser tua menina, teu sonho de toda madrugada sã, teu remédio, teu desejo, teu presente.
Me deixa ser, menino, a tua menina.
Me deixa te abraçar forte e não largar por muito tempo, me deixa te confiar segredos, te segurar nos dedos, te jurar amor, me deixa ouvir você cantar, me deixa.
Não me deixa ir embora, me segura pela cintura se em um dia qualquer eu perder as estribeiras e quiser ir para onde não é o meu lugar, não me deixa fraquejar, nem ter a noção do perigo, não me deixa te deixar, não me deixa.
Mas me deixa te ter, para sempre, até amanhã, até quando Deus quiser.
Me deixa ser sua amiga, sua amante, sua mulher
Me deixa ser sua menina, meu menino, a sua menina.
Me deixa medir meu amor sem medida, me deixa te dar meu amor sem medida, me deixa me perder num amor sem medida, mas vem comigo, meu menino, vem comigo.
Vem comigo e me chama de menina, de sua menina.
Não me deixa esperar a chuva passar, nem o próximo carnaval.
Não me deixa esperar o tempo passar, nem ter medo do final.
Não me deixa desistir no seu primeiro olhar sem dó, não me deixa resumir a pó, poeira, estrada sem volta, não me deixa, meu amor, não me deixa.
Me deixa te guiar com o olhar, me perder nas suas meias verdades, me deixa acreditar que a vida é mais bonita do que parece ser, com você, me deixa.
Me deixa ser quem eu quero ser, um grão de areia, uma pétala de bonina, o cheiro da Jasmim, o caminho para o paraíso, me deixa ser a sua menina, o seu riso. Me deixa ser o sol que aquece você, que ilumina o amanhecer, deixa ser, me deixa ser. Me deixa ser a sua menina, me deixa ser a sua menina. Me deixa.
Deixa-me.

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