sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ele é mesmo incrível.


Estou aqui o dia inteiro diante do meu celular e Orfeu não me ligou. Eu tinha que falar sobre o deus da morte, o que seria da vida sem a morte? Nada. Não teria sentido algum porque as pessoas só dão valor a determinadas coisas quando têm plena consciência de que perderão um dia, e a vida a gente vai perder quando menos esperar.
Eu costumo me apaixonar pelas pessoas, não pelo rosto bonito que algumas carregam e sim pelos gestos, pelas manias, pelos sorrisos. E eu me enganei, me apaixonei pelo estranho que estranhamente surgiu na minha vida.
Aquele que foi embora por pensar que estava me fazendo mal, mal sabia ele o bem que me fazia sem querer, meu bem.
Aquele que me pedia para sorrir, que me descreveu erroneamente e eu achei graça, aquele aquele aquele e só.
E advinha? Ontem à noite eu o encontrei novamente, expliquei que eu não queria que ele tivesse ido embora, ele pareceu entender, pareceu ser incrível. Ainda parece a meu ver.
Mas ela, sim, ela mesma, aquela minha amiga que parece com a Uma Thurman disse que a gente não dá certo juntos, eu discordei como sempre faço, mas eu só queria acreditar no abstrato, uma vez mais. Será que alguém pode confiar em mim uma vez só? Na minha capacidade de fazer alguém feliz? Eu posso fazer isso, é só me deixar tentar.
Vai ser difícil, mais difícil do que eu posso compreender, eu sei. Talvez porque ele fale de Jesus o tempo inteiro, é paciente além do normal, pede perdão por não ter me ouvido, me oferece a toalhinha para que eu possa sentar no chão... Enquanto eu me estresso com pouca coisa, não repito por não ter paciência, reclamo das formigas e o observo me observar. Ele me encanta de um jeito encantador. Não é estranho?
Não é estranho quando de repente você não pára de pensar em um estranho extremamente estranho no seu mundo?
Perto dele é como se o mundo sumisse, e vê-lo e ouvi-lo falar é como se fosse uma dose alucinógena que não desvia a sua atenção para mais nada ao redor, é ele, ele, ele e... Só.
E, mulher, não me azara não! Já não basta perder no jogo?
Ele é inteligente, decidido, educado, parece até que não existe. Ele é um missionário, dá para acreditar? Cá estou eu revelando minha paixão passageira por um missionário?
Ah, por favor. Acorda, Jucy! Ele nunca vai te amar. E essa história já está me cansando.
Eu sei que o Thadeuzinho não te ama simultaneamente, mas não precisa se apaixonar pelo primeiro missionário que aparece na sua frente.
Não, espera aí, ainda estou impressionada comigo mesma. Eu sou uma imbecil, eu disse pra ele ir embora! Ele é incrível e essa é a minha chance de gostar de alguém que realmente valha a pena?
HEY, VOLTE AQUI!
Não quero mais falar sobre isso, nem sobre ele. Táxi?

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