quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O mar leva, o mar traz.


Não que ele queira ser o dono do mundo, ele só quer ser respeitado, o coitado.
Por isso fala tantos palavrões, e finge sempre que está armado e que é o “dono do pedaço”. Pobre garotinho rico.
Pobre menino que não abre os olhos para a realidade, acha mais fácil enxergar de olhos fechados porque assim só vê o que bem entender, o que bem quiser, pobre garotinho rico e bobo.
E aquela outra otária no canto de lá?
Despetalando rosas e repetindo o nome dele como quem canta uma música de ninar para boi dormir, escrevendo o nome dele na areia para a onda apagar e a pobre garotinha rica e otária acreditar que a onda o levou junto.
Não leva, filha.
Eu também já fui garotinha otária, mas sem a parte do rica e nenhuma onda do mar nunca o levou de mim. Plin!
É um caso sério, esta vida, é foda.
Ou nós aprendemos a dançar conforme a música, ou a música nos atordoa e nos deixa dançando sozinhos no salão, é sempre assim.
Portanto, a única a coisa a aprender a qualquer momento é viver a vida do jeito que achar merecido, é ser feliz sem se prender aos estereótipos que lhe são cuspidos na testa.
O amor é só uma arma, que colocaram guardada dentro de nós para que pudéssemos nos defender um dia, mas às vezes não sabemos usar e por isso nos machucamos.
Eu não sei ao certo como é que conduz isso, para lhe ser bem sincera, acredito até que não tem como conduzir, apenas como evitar que ele nos agarre pelas orelhas e tome rédeas das nossas vidas.
E o meu amor, coitado, já está até cansado de tanto correr de um lado para o outro tentando fazer com que o garoto da areia me veja passar, só me veja a distância para saber que vivemos no mesmo mundo e que talvez nos encontremos em alguma dessas ruas longas, curtas ou até mesmo sem saída. Que é a rua na qual estou agora, com medo de voltar.
E por favor, alguém pode me dar uma informação?
Eu só quero saber como é que eu saio daqui, está tudo escuro e meu amor está se espalhando por essa rua deserta e eu tenho medo que alguém sem caráter o encontre e tente manipulá-lo, como eu não consegui fazer.
E então, você pode me dizer?


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