quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amigas de escola

Carol, minha doce Carol.
Há anos não nos encontramos e nem nos abraçamos, queria poder tocar sua grande barriga e acariciar sem querer o seu bebê.
Minha loura, minha menina, bons foram os tempos que passamos juntas. Tantos foram os abraços, os risos (Este sim foram incontáveis), as brincadeiras.
Naquele tempo que éramos menininhas e não sabíamos de nada.
Agora você está demasiadamente longe, não apenas pela distância e sim pela presença em si. Casada, grávida, menor de idade e a confusão engolindo cada cacho do cabelo seu. E você cuidando disso tudo como se fosse a coisa mais simples do mundo, como você sempre fez.
Eu queria voltar no tempo, de repente, só para viver os mesmos momentos contigo. As duas sentadas no corredor da sala do Adelmo conversando besteira por termos sido expulsas da sala de aula. Colocar laxanta na água, esconder as chaves da escola, subir na construção, fumar escondido, comprar garrafinha, usar aquela farda feia. Vir aqui em casa e fazer uma lazanha de última hora e o melhor, comer até não poder mais.
E é claro, tirar sarro da cara da Laura.
A outra amiga,a alta, magra que era meio lesada e não entendia quase nada do que a gente falava. Hoje ela tem seus dezoito anos, seus oito meses de gravidez junto contigo e jura que é virgem como jurava naquela época. Parece que ela encontrou um pingo de juízo jogado pela rua porque conversa feito gente grande, ela também cresceu.
Eu só queria registrar, ao menos uma vez, já que eu nunca fiz isso. Queria chegar aqui e registrar que sinto a falta de vocês e que estou muito feliz, pois vou ser titia.
Minhas meninas, felicidades.

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