domingo, 15 de junho de 2008

Rave Vibetronic.

Estava frio, bem frio, na verdade. Fumar um cigarro parecia ser a melhor opção.
O lugar era grande, bem grande, na verdade. Conversar a vontade parecia ser a segunda melhor opção.
No centro, tinha uma casinha, que se alguém reparasse bem, ela já estava bem velhinha. Telhas quebradas, paredes sujas e mal pintadas. De um lado dela, tinha gente, muita gente. E a música era a melhor, Psy enlouquecendo as pessoas.
Do outro lado, tinham duas cadeirinhas. Ele sentado na da esquerda, ela sentada na da direita. E sentados ali, tudo o que podiam ver eram os coqueiros, muitos deles. Um campo grande de futebol, carros estacionados e vários DJ’S chegando e indo embora.
Vez ou outra, os dois se abraçavam, mas passavam a maior parte do tempo brincando. Brincadeirinhas estúpidas de criança, beliscar, morder, contar piada, o outro achar graça e fingir que era horrível. Conversavam sobre tanta coisa, parecia que se conheciam há tempos.
Viram o dia nascer, o sol surgindo por detrás daquelas nuvens e a transição de pessoas e mais pessoas.
Não, não era a noite perfeita.
Durante a noite, o cabelo dela brilhava na luz negra e ela dançava como se não houvesse ninguém olhando.
Cumprimentava umas pessoas aqui, outras pessoas ali e se sentia bem sozinha naquele lugar grandão. Era só fechar os olhos e imaginar o paraíso, e tudo dava certo.
Ali tinha tanta gente, e poucos significavam algo. Ela queria um poucco mais, queria um pouco menos. Queria dançar, mas a energia estava se esgotando.
Ela queria ter mais forças, mas ficar 15 horas dançando sem parar, não é lá muito confortável.

Nenhum comentário: