sábado, 26 de fevereiro de 2011


  Não há nada a fazer. Oferecer-me um drink, talvez. Um Martíni com azeitona, por favor - cereja é muito virgenzinha.
  Quero também uma porção de qualquer coisa com um pouco de afeto dentro, quero comer algo bom, quero colocar algo bom dentro de mim porque depois de tanta angústia nunca mais nada mais me fez bem.
  Quero um cinzeiro porque acho que as pessoas por perto não merecem nem a fumaça, tampouco as cinzas do meu cigarro. E no fim da noite eu quero um copo do tamanho que for, com qualquer quantidade de água, suficiente para me afogar somente em olhar.
  A vida tem dessas coisas. Às vezes nós nos sentimos tão mal pelo que somos, pelo que nos transformamos e sabemos que não foi exatamente assim que nossos pais nos ensinaram a ser, que qualquer sufoco, qualquer castigo, qualquer morte nunca será capaz de mandar essa dor pelo espaço.
  Ser ou estar triste, não quer dizer nada para ninguém. Vivamos, então, da maneira que nos convém.

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